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Articles from 2017 In October


Desospitalização e mudança no modelo de cuidado dos pacientes

A mudança no modelo de cuidado dos pacientes despertou a atenção do público presente no HIS-Healthcare Innovation Show . “Esse é o próximo grande tema da saúde”, na opinião de Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS. “É fundamental repensarmos o atendimento dos pacientes, tanto do ponto de vista de efetividade do cuidado, quanto de racionalidade do sistema, de modo a garantir a melhor e mais eficiente prestação de serviços de saúde. O foco está no paciente e onde ele terá o melhor cuidado preventivo e a melhor assistência em sua jornada”, destaca.

Nesse sentido, uma das medidas mais prementes, de acordo com os palestrantes, é romper com o modelo do “hospitalocentrismo” aplicado, historicamente, no setor de saúde. Um trabalho árduo não só do ponto de vista operacional, mas, também, cultural. "O médico ainda é formado com o modelo “hospitalocêntrico” na mente e as famílias acham que paciente bem tratado é aquele internado. Isso não é, necessariamente, uma verdade. Temos um processo de conscientização bastante longo pela frente", expôs Euro Palomba, CEO da Global Care Health Solutions (empresa focada em serviços de pós-hospitalização, como home care e unidades de cuidados contínuos).

A boa notícia, na opinião da professora Ana Maria Malik, coordenadora do Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da FGV, é que a sociedade parece estar dando os primeiros passos no sentido de desenvolver uma atenção à saúde de forma individualizada. "Até bem pouco tempo, a desospitalização era encarada de forma negativa, como se o hospital estivesse dispensando um paciente que precisaria permanecer internado. Hoje, temos opções com muita qualidade para pacientes que realmente receberão os melhores cuidados em outros centros médicos", afirmou.

A posição foi corroborada por Mauro Figueiredo, CEO da DaVita Health International. “Os desafios estão mais claros e sabemos que precisamos mudar."

No processo de desospitalização, o CEO da Dealmed, Roberto Tolomei, apontou que além da correta destinação de pacientes que não precisam permanecer internados nos hospitais tradicionais, onde estão mais sujeitos a infecções hospitalares e outros problemas, também há mais serviços de saúde que podem ser melhor prestados em outros ambientes. “Assim como os exames já são, cada vez mais, realizados em centros de diagnóstico especializados, fora dos hospitais, também outros serviços precisam passar por essa transição”, citou. “Nos Estados Unidos, por exemplo, quase 70% das cirurgias de baixa e média complexidade não são feitas em hospitais.”

Apesar dos alertas e das propostas apresentadas, está claro que ainda há um longo caminho pela frente. Inclusive para estabelecer o assunto como prioritário entre os envolvidos com a gestão de saúde no Brasil.

Fonte: IESS

Saúde no Foco da Biometria Facial

Um dos setores mais complexos e ainda pouco influenciado pelas transformações tecnológicas é o mercado de saúde. Estar inserido em um setor cujo produto é uma necessidade básica deveria ser vantajoso, mas os números não refletem isso.

Atualmente, as operadoras de planos de saúde sofrem com assustadores 20% de fraudes e os prestadores perdem em média 4% do faturamento por glosas (valores faturados para as seguradoras que são rejeitados). Quem paga a conta são as empresas e os beneficiários dos convênios, que precisam aceitar reajustes acima da inflação.

Nos últimos anos, a taxa de sinistralidade das seguradoras e operadoras se mantém acima de 85%, sendo que para operar com uma boa saúde financeira esta taxa deveria estar abaixo de 76%. A despesa assistencial já alcança R$ 100 bilhões.

Este cenário, associado a taxa atual de desemprego, reduziu em cerca de 3 milhões o número de beneficiários dos planos de saúde. Consequentemente, as seguradoras e operadoras passaram a disputar os novos clientes por meio da redução dos valores de seus planos, de tal maneira que o reajuste real em 2016 foi inferior ao autorizado pela ANS (13,57%).

Com os custos elevados, alta sinistralidade e impossibilidade de repassar estes novos valores às empresas e aos beneficiários, a conta não fecha. É nesse contexto que a tecnologia poderá auxiliar a viabilização do mercado, com relação a: Impressão de carteirinhas; Uso de Apps que ainda estão sujeitos a fraudes; Uso de token para autenticação; Faturamento indevido (duplicidade/ausência do beneficiário); e Uso indevido da carteirinha.

Com o objetivo de eliminar estes e muitos outros problemas no mercado da saúde, a Acesso Digital vem atuando como hub entre seguradoras, operadoras, prestadores de serviço e beneficiários usando a biometria facial. A solução, ainda em fase inicial, vai permitir que o beneficiário seja autenticado utilizando apenas sua "face", sem a necessidade de apresentar documentos e carteirinha. Com a tecnologia "Acesso Liveness", fica garantida a identidade da pessoa no momento de uma consulta médica, por exemplo.

A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) calcula que haverá ao menos 3,5% de redução de custo para as seguradoras e operadoras de saúde que implantarem o sistema de biometria facial, evitando assim o uso indevido de carteirinha por terceiros.

A tecnologia também permitirá desenvolver e aprimorar outros fluxos de atendimento, cujo foco principal é a segurança do paciente. A Acesso Digital já atua com os principais varejos, bancos e fintechs com uma solução de biometria facial.

Gestão de saúde e os benefícios trazidos pela modernização do SAC

Quando surge alguma dúvida ou reclamação sobre a prestação de serviço das operadoras de saúde, o procedimento padrão é uma ligação do beneficiário para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da operadora. Nessa ação, geralmente, existe uma URA, que é um equipamento que provê serviços automáticos para recebimento de ligações, pelo qual o cliente é atendido.

De posse das informações repassadas pelo beneficiário, o atendente dará o encaminhamento ao assunto para as devidas providências, de acordo com os procedimentos estabelecidos pela operadora. Só depois desse processo de análise estar concluído, é que o beneficiário terá sua resposta.

Esse processo de análise pode exigir muito tempo da equipe de atendimento e, além disso, corre-se um sério risco de extravio dessas informações por estarem em diversos canais (gravação de ligações, anotadas em papéis ou e-mails). E nem é preciso dizer que os processos manuais exigem ainda o envolvimento de mais colaboradores, aumentando custos e colocando em risco os resultados do negócio.

Não à toa que nos últimos anos surgiu o chamado SAC online ou SAC 2.0.

O SAC online ou SAC 2.0 é a evolução natural do SAC tradicional para um modelo de atendimento em que, mais do que ser atendido, o beneficiário tem voz ativa e passa a interagir com a operadora de planos de saúde. A adesão do consumidor aos meios digitais está cada dia mais forte. Prova disso é o internet banking, por exemplo, que já é mais usado no Brasil do que as agências físicas. Essa evolução faz com que o consumidor demande experiências cada vez mais fluídas e dinâmicas, e essa tendência vem se expandindo para outros setores do mercado.

No segmento de saúde, a adesão digital também vem ganhando força. O estudo Global Contact Centre Benchmarking Summary Report 2015 mostra que o atendimento via web representa hoje 35% das interações e deve superar o atendimento por voz daqui a dois anos!

Mas não é só o consumidor quem ganha: com um SAC online a gestão de saúde fica mais ágil, assertiva e, de quebra, tem menor custo e aumento de produtividade! Os benefícios de um SAC moderno e apoiado em tecnologia e uma gestão de software de saúde de ponta são inúmeros. Veja os principais

1) Aproxima sua operadora dos beneficiários

Com uma plataforma de atendimento digital, você pode mesclar as informações corporativas com as redes sociais e com os demais canais de atendimento disponíveis, angariando informações valiosas para conhecer o comportamento do beneficiário. Isso garante um nível de personalização e qualidade muito alto, com o qual poucas operadoras de planos de saúde tem recursos para operar, elevando a satisfação do cliente. Outro ponto interessante é dispor de portais online para consulta de informações e contatos com o cliente. Aplicativos para smartphones e tablets também são interessantes para mostrar conexão com o público a toda hora e em qualquer lugar.

2) Evita perda de informações

A gestão das informações trocadas entre a operadora e o beneficiário é facilitada no formato digital. As dúvidas e reclamações ficam registradas em um sistema que faz o acompanhamento da ocorrência, ajudando a empresa a não perder de vista nenhum retorno que precisa ser dado aos clientes. Com o TI na operadora de saúde voltada para a automatização e centralização dos atendimentos, é possível, além de reduzir os custos com telefonia e cancelamentos do plano por insatisfação, aumentar a assertividade e eficiência das respostas.

3) Contribui para redução de custos

Pode-se perceber que cada benefício traz também uma forma de redução de custos diferente. De modo geral, a agilidade no atendimento e o relacionamento mais próximo com os clientes mantêm o beneficiário mais satisfeito, reduzindo o número de reclamações e até cancelamentos de contrato. Por parte da empresa, conhecer seu público com profundidade permite a elaboração de estratégias de venda e atendimento mais direcionadas e, por consequência, mais assertivas.

Hoje os consumidores estão conectados 24 horas por dia e precisam que a operadora de planos de saúde acompanhe essa evolução, que não impacta somente as relações pessoais, mas também a forma de relacionamento entre clientes e prestadores de serviço. O segredo é evoluir junto com seu público consumidor.

Prevenção ao câncer de mama avança nos últimos 5 anos

 A realização de exames de mamografia está crescendo, ao menos entre as beneficiárias de planos de saúde. De acordo levantamento inédito “Assistência à saúde da mulher”, produzido pelos Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), campanhas de conscientização da importância de realização do autoexame e de mamografia para combater o câncer de mama estão dando bons resultados. De acordo com o estudo, o número de mamografias realizadas pelos planos de saúde a cada grupo de 100 beneficiárias vinculadas a planos médico-hospitalares com idade entre 50 anos e 69 anos (faixa etária definida como prioritária para esse exame pelo Ministério da Saúde) cresceu de 43,6, em 2012, para 48,7 em 2016. Um avanço de 5,1 pontos.

O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, destaca que ações de promoção da saúde, como a desenvolvida há 15 anos com o Outubro Rosa são fundamentais tanto para cuidar das pessoas quanto para assegurar a sustentabilidade da saúde suplementar. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), quase 58 mil mulheres serão afetadas por câncer de mama apenas este ano no Brasil. “Aumentar a conscientização, o autoexame e a detecção precoce é fundamental para combater a doença”, reforça. “O diagnóstico precoce para o paciente aumenta a chance de cura ao detectar a doença no início, evitando um tratamento mais agressivo, reduzindo o tempo e os custos para esse tratamento. Para o sistema de saúde a vantagem é que o sistema fica mais eficiente, não o sobrecarregando, desse modo gerando maior qualidade de atendimento e segurança ao paciente".

Segundo o estudo, enquanto a realização de mamografia está crescendo, a procura por exame diagnóstico preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau) tem recuado. Em 2011, as operadoras de planos de saúde registraram uma razão de 48,8 exames de Papanicolau a cada cem beneficiárias entre 25 a 59 anos. Já em 2016, essa razão foi de 46,9. Uma redução de 1,9 ponto. “Os números indicam, claramente, que precisamos nos dedicar mais a campanhas de promoção da saúde e prevenção de doenças”, alerta Carneiro.

O levantamento do IESS ainda aponta que o número de internações para a realização da laqueadura tubária (procedimento de anticoncepção definitivo) e implante de dispositivo intrauterino (DIU) tem crescido. Na comparação entre 2015 e 2016 houve aumento de 44,4% no número de internações para laqueadura tubária (sendo 10,9 mil em 2015 e 15,8 mil em 2016). Já o aumento no número de procedimentos de implante do DIU foi ainda maior no período, saltando de 61,3 mil, em 2015, para 101,9 mil em 2016. Alta de 66,2%.

Vale ressaltar que o resultado da análise é especificamente da saúde suplementar e que um procedimento também pode ser realizado via sistema público de saúde ou em clínicas particulares e, consequentemente, não será computado nesta análise.

Celso Lafer integra Conselho Científico da APAE DE SÃO PAULO

O jurista e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, passa a compor o Conselho Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa APAE DE SÃO PAULO. Com extenso currículo, Lafer também é professor emérito da USP, ex-presidente da FAPESP e membro da Academia Brasileira de Letras.

Sua atuação terá diversas frentes como o fomento à pesquisa científica, a avaliação de propostas de cursos e projetos da Organização, a colaboração na efetivação de parcerias e o papel consultivo em relação ao avanço das práticas assistenciais. O Conselho Científico da APAE DE SÃO PAULO é composto por técnicos, acadêmicos e cientistas de diversas áreas do conhecimento.

“É uma honra fazer parte do time de conselheiros do Instituto de Ensino e Pesquisa APAE DE SÃO PAULO e poder contribuir para o desenvolvimento científico da Organização e o processo de inclusão das pessoas com Deficiência Intelectual na sociedade”, afirma Lafer.

Labi Exames chega ao mercado para dar acesso à população a exames laboratoriais

O executivo Marcelo Noll Barboza e o médico Octavio Fernandes lançam o Labi Exames, rede de exames laboratoriais que tem como missão facilitar o acesso à saúde por meio de exames de análises clínicas. A rede oferece uma forma única e inédita de prestação de serviços, da coleta do material à entrega dos resultados, permitindo que milhões de brasileiros que não têm plano de saúde possam realizar seus exames laboratoriais. “Nossa meta é atender cerca de três milhões de pacientes por ano em 2022”, afirma Barboza. A empresa conta com Luis Terepins como investidor e presidente do conselho de administração.

 O Labi Exames conta com unidades físicas – a primeira inaugurada neste mês no bairro de Santo Amaro, em São Paulo – e com uma rede de técnicos de enfermagem treinados para a coleta em residências, empresas ou associações. “Os pacientes poderão realizar seus exames da forma tradicional, levando o pedido médico, ou optar por um dos 20 pacotes oferecidos, como Saúde da Mulher, Saúde do Homem, Gestante e Controle do Diabetes”, acrescenta Barboza. Os laudos têm uma linguagem didática e a clara orientação para que o paciente leve seu exame a um médico.

 O pacote Metabolismo do Açúcar, por exemplo, reúne os três exames mais importantes para o diagnóstico e acompanhamento do diabetes: Glicose, Hemoglobina Glicada e Urina tipo 1. “Cerca de 7 milhões dos brasileiros com diabetes tipo 2 não sabem que têm a doença, porque não fazem exames regularmente. Se pensarmos que é uma doença silenciosa, que sem tratamento pode causar danos graves permanentes como insuficiência renal, déficit visual entre outros, o não acesso a esse tipo de exame é um verdadeiro drama para a saúde pública”, explica Octavio Fernandes, que é patologista clínico.

De acordo com o médico, que é vice-presidente de operações do Labi Exames, existe uma reclamação comum entre os planos de saúde de que há um excesso de solicitações de exames laboratoriais. “Em nossa experiência neste mercado, percebemos que realmente às vezes há exageros. Mas temos que lembrar que apenas 25% dos brasileiros têm plano de saúde, o que significa que outros 75%, que são atendidos pelo SUS ou estão recorrendo a redes populares de medicina, na maior parte das vezes não fazem exame algum”, explica Dr. Octavio. Outro exemplo citado por ele é a pesquisa divulgada recentemente pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, que aponta que 67% dos brasileiros que têm colesterol alto desconhecem o problema.

 Dr. Octavio acredita também que a falta de acesso a exames acaba afastando os pacientes do consultório. Por isso mesmo, o Labi Exames montou pacotes inteligentes, a preços acessíveis. Um bom exemplo é o pacote Cuidados para a Mulher, que custa R$ 114 e reúne os principais exames que mulheres com menos de 45 anos, mais de 45 anos ou mais de 60 anos deveriam fazer anualmente. “Junto com o laudo, a mulher receberá uma rápida explicação sobre cada um dos exames e clara recomendação para buscar um médico”, explica.

 O público alvo do Labi Exames é tanto os pacientes que hoje são atendidos pelas redes de medicina mais populares quanto pelo SUS. “É muito comum que o paciente do SUS seja atendido pelo médico e não consiga fazer os exames rapidamente. Oferecer acesso é uma forma também de estimular o retorno e garantir uma medicina de qualidade, com impacto positivo nos custos da saúde”, explica Dr. Octavio. Outro ponto importante é dar mais produtividade à medicina.

 “Uma mulher que descobre que está grávida terá necessariamente que fazer exame pré-natal. Há um rol de exames obrigatórios que todo obstetra solicita, dentre eles grupo sanguíneo, cultura da urina, glicose, hemograma e sorologia para um rol de doenças infecciosas, como HIV e sífilis. Nosso pacote Gestante engloba todos esses exames básicos. Esta mulher pode agendar sua primeira consulta com o obstetra e já levar os exames essenciais. A partir daí, o médico poderá solicitar exames complementares, dependendo da necessidade. Isso agilizará não apenas o atendimento, mas permitirá o início imediato do tratamento caso seja detectado algum problema”, exemplifica. Os 20 pacotes montados pelo Labi Exames seguem padrões internacionais e reúnem os exames laboratoriais mais solicitados pelos profissionais de saúde.

 “Conseguimos oferecer o mesmo padrão de qualidade dos grandes laboratórios, por um custo menor, por causa da eficiência que criamos em todo o processo”, comenta Marcelo Noll Barboza. Pelo fato de não atender convênios, naturalmente há uma redução do custo do serviço. “O convênio não apenas gera custos administrativos, como é comum a glosa de exames já realizados. O período de reembolso do atendimento ao laboratório é de 90 dias, o que também gera despesa financeira. No Labi Exames não temos isso, pois trabalhamos com dinheiro ou cartão de crédito e débito”, conta Barboza.

O executivo destaca que, pelo fato de ter sido criada do zero, a empresa já nasce com tecnologia de última geração. “A simplificação e a agilidade de processos são um dos diferenciais que nos permitem oferecer serviços de qualidade com custos mais econômicos”, resume Barboza.

Hospital do Hapvida recebe acreditação nacional

O Hospital Aldeota, da rede exclusiva do Hapvida em Fortaleza (CE), recebeu acreditação nos serviços prestados na área de saúde. O certificado foi expedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e garante a qualidade nos serviços prestados pela unidade, no atendimento e segurança aos pacientes.

O certificado de acreditação foi entregue no dia 25 de outubro, em solenidade no Hospital Aldeota. A acreditação é uma certificação de qualidade, exclusiva para instituições de saúde, em que são avaliadas todas as etapas da assistência prestada ao paciente, desde a entrada até sua saída, garantindo segurança e qualidade a todos os serviços prestados aos seus clientes.

O processo de acreditação é voluntário, no qual a unidade se submete a várias avaliações criteriosas, com o intuito de garantir a qualidade do atendimento. No Hospital Aldeota, o processo iniciou em agosto de 2016 e, após 12 meses, recebeu o título.

“Com a certificação, o Hapvida pretende melhorar ainda mais o alinhamento estratégico na gestão organizacional e operacional, aumentar a eficiência dos processos administrativos, além de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais, buscando qualidade e segurança nos serviços prestados”, declara o presidente do Hapvida, Jorge Pinheiro.

Para Pinheiro, ter o Hospital Aldeota acreditado pela ONA representa eficiência e responsabilidade para manter e melhorar o acolhimento da população. “O selo é um procedimento reconhecido na área hospitalar e, no caso, prova que ofereceremos serviços de saúde com segurança e qualidade”, afirma.

Atendimento individualizado, com foco no acolhimento, e segurança do paciente são os principais diferenciais da rede própria do Hapvida, como ressalta o superintendente da área hospitalar da operadora, Fábio Fraga. “Nosso trabalho é constante para que a assistência médica do Hapvida esteja cada vez mais acessível e segura, dispondo de atendimento de qualidade aos beneficiários”, destaca.

O Hospital Aldeota é uma unidade de alta complexidade e dispõe de atendimento em urgência adulta, pediátrica e odontológica. De acordo com Adriano Milanez, diretor médico do hospital, a unidade é referência também em cirurgia cardíaca em Fortaleza. “Com a certificação, o Hapvida pretende melhorar ainda mais o alinhamento estratégico na gestão organizacional e operacional, aumentar a eficiência dos processos administrativos, capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais, buscando qualidade e segurança nos serviços prestados”, afirma Milanez.

Saúde suplementar dá primeiros sinais de reação

O mercado de planos de saúde médico-hospitalares parece estar reagindo aos primeiros sinais de recuperação da economia nacional. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o ritmo de redução de beneficiários destes planos está desacelerando. “Ainda não podemos falar em recuperação, já que o setor perdeu mais de três milhões de vínculos nos últimos anos, mas ao menos há sinais indicando uma tendência para estabilização”, avalia Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS.

De acordo com a NAB, o rompimento de vínculos com planos médico-hospitalares está desacelerando. Em outubro de 2016, este mercado recuava a 3,3% na comparação de 12 meses. Hoje, contudo, o recuo está em 1,3%. O que significa que nos 12 meses encerrados em setembro de 2017, 624,6 mil vínculos foram rompidos no Brasil.

Carneiro explica que o cenário não é mais positivo porque a retomada da economia está fortemente apoiada em setores que historicamente não oferecem o benefício de plano de saúde aos seus colaboradores, como o setor rural. “Além disso, temos visto um forte crescimento do mercado informal no País. O que não contribui para o setor de saúde suplementar já que um trabalhador sem carteira assinada não recebe benefícios e, sem a segurança do vínculo empregatício, as famílias demoram mais para retomar o contrato com o plano, por medo de não conseguir manter o benefício. Mesmo com este sendo um dos três bens mais desejados pelo brasileiro”, argumenta. “Também precisamos considerar que, com o prolongado período de crise econômica, muitas famílias ficaram inadimplentes e é natural que nesse período de retomada da economia as famílias procurem quitar seus débitos antes de adquirir novos bens, mesmo os que consideram fundamentais”.

O executivo aponta, entretanto, que enquanto o mercado formal não voltar a crescer, dificilmente veremos uma retomada robusta do crescimento de beneficiários médico-hospitalares, já que os planos coletivos empresariais (aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores) respondem por 66,6% do mercado de saúde médico-hospitalar.

Dos 624,6 mil vínculos rompidos entre setembro de 2017 e o mesmo mês do ano passado, 92,8% se concentram na região Sudeste do Brasil: o que significa que 579,8 mil beneficiários deixaram de contar com seus planos. Queda de 2%. Apenas em São Paulo foram 355,8 mil, o que representa um recuo também de 2%. No Rio de Janeiro, o recuo foi proporcionalmente maior: 3,7% dos beneficiários locais romperam o vínculo com o plano. O que significa 206,6 mil beneficiários a menos.

No Centro-Oeste e no Nordeste a retração foi de apenas 0,7%. O que equivale a 21,2 mil vínculos rompidos no Centro-Oeste e 47,1 mil, no Nordeste.

Por outro lado, as regiões Sul e Norte do Brasil apresentaram ligeira alta. No Sul, foram registrados 6,5 mil novos vínculos. Avanço de 0,1%. Já no Norte, houve incremento de 0,3% ou 5 mil novos beneficiários.

Enquanto os planos médico-hospitalares estão esperando por dias melhores, o mercado de planos exclusivamente odontológicos continua com motivos de sobra para sorrir. Nos 12 meses encerrados em setembro de 2017, o segmento avançou 7,8%, firmando 1,7 milhão de novos vínculos. Destes, 899,5 mil (54,4%) se concentram no Sudeste e 502,3 mil (30,4%), no Nordeste.

Modelo de atendimento integrado ganha cada vez mais espaço

Paralelamente à expansão dos serviços cada vez mais personalizados e aos avanços da tecnologia na medicina, contribuindo de forma significativa para o diagnóstico de doenças, um perfil de atendimento médico tem se ganhado espaço quando se trata de acompanhamento dos pacientes e adesão ao tratamento. Trata-se de um modelo baseado na Atenção Primária à Saúde, já adotado em países da Europa, por exemplo.

Esse modelo oferece o primeiro contato com o sistema de saúde, favorecendo o acesso a uma equipe médica. Além disso, é responsável pela organização do cuidado à saúde dos clientes, contando com um especialista de referência, que oferece um atendimento integral, investindo na proximidade com os pacientes.

Atendimento integral

A Unimed-BH já oferece opções diferenciadas de atendimento, ampliando o acesso dos clientes à assistência, evitando a ida ao pronto-atendimento, que atende, de forma prioritária, às urgências e emergências. Uma delas é o Unimed Pleno, uma inovação na saúde suplementar, com um modelo inspirado na Atenção Primária à Saúde e em experiências internacionais bem-sucedidas pautadas no vínculo médico-paciente. O cliente é referenciado a um médico, que acompanha o paciente ao longo do tempo, com o apoio de uma equipe multidisciplinar. O direcionamento do paciente a especialistas é feito quando necessário, com a avaliação do médico de referência.

O médico de família da Unimed-BH, Daniel Knupp, explica que o cuidado integral, com foco na pessoa, pode contribuir para um melhor controle de doenças. “Nós não fazemos o atendimento apenas com foco em uma doença ou determinada parte do organismo, temos um modelo cuidador e centrado no paciente, com um acompanhamento do histórico. Além disso, trabalhamos com uma abordagem mais empática, com uma linguagem mais acessível, e tudo isso pode, inclusive, melhorar a adesão ao plano terapêutico. Já existem pesquisas que revelam que, em Países com atenção primária mais consolidada, os desfechos positivos no sistema de saúde são muito superiores”.

Bruno Giordani, cliente da cooperativa, recebe um atendimento integral há alguns anos e já consegue perceber resultados. “Eu sinto mais segurança em ter um profissional cuidando de mim como um todo, sem foco em um problema de saúde específico. A minha ansiedade desencadeou uma série de problemas, como dores de cabeça, alergias, sinusites, e todos os sintomas eram frutos dela. Graças ao acompanhamento do meu histórico, meu médico entendeu que eram reflexos da ansiedade e precisávamos trata-la, uma percepção que só quem me acompanhava poderia ter. Com isso, tive um ganho de saúde e de tempo, pois reduzi o número de consultas e o tratamento foi efetivo”, conta.

Resultados

Nos Estados Unidos, por exemplo, dados de relatório produzido do CommonWealth Fund, baseado na análise de 72 indicadores, revelam que o mau acesso à atenção primária contribuiu para a prevenção e o gerenciamento inadequados de doenças crônicas, diagnósticos atrasados, adesão incompleta aos tratamentos, uso excessivo de drogas e tecnologias, por exemplo. O mesmo relatório mostrou que, em contraste com os EUA, durante a última década, o Reino Unido viu um declínio maior na mortalidade passível de cuidados de saúde do que os outros países estudados. No início dos anos 2000, o Reino Unido realizou um grande investimento em seu Serviço Nacional de Saúde, e, entre as principais iniciativas, estava a reforma dos cuidados primários, o que, ao lado dos investimentos em saúde, pode ter contribuído para o declínio da mortalidade passível de cuidados de saúde.

Os efeitos positivos dessa reorientação do modelo assistencial se confirmam em dados da própria Unimed-BH. Estudo promovido com uma amostra de clientes atendida pelo plano que prioriza o médico de referência revela que aqueles que permaneceram por mais tempo neste modelo registraram melhorias. Os clientes com atenção primária por dois anos apresentaram menor percentual de internações por condições sensíveis à atenção primária (6,3%) em comparação àqueles que eram acompanhados há um ano. Para cada 1.000 clientes, em média, houve 3,8 internações por condições sensíveis à atenção primária durante um ano, contra 5,6 internações no grupo de clientes há um ano no plano, no mesmo período. “Os clientes Pleno com maior tempo de exposição ao produto também apresentaram menor taxa de consultas ao pronto socorro. Os dados apontam que quanto mais tempo com esse acompanhamento, melhores os resultados. O prazer é grande por poder apoiar as pessoas a encontrar um caminho e pensar junto a saúde”, conta Marcos Quintão, médico de família da Unimed-BH.

Ele é o médico do corretor de seguros Paulo Roberto Martins Soares, que tem uma boa história de vida para contar. Ele tem três filhos e sete netos, e diz que o cuidado pode transformar a vida. “No início deste ano, eu estava jogando bola e comecei a sentir uma dor muito forte. O meu médico de referência me atendeu quando minha esposa o procurou, efetuou os exames clínicos e, ao visualizar o eletro, muito calmamente e com total sabedoria, uma vez que minha família estava presente, me encaminhou imediatamente ao Pronto Socorro e nos acompanhou. Meu quadro era grave, passei por uma angioplastia, mas tive uma melhora inesperada. O atendimento pelo meu médico, desde o começo do acompanhamento, foi exemplar, como eu nunca tinha experimentado na vida.”, diz ele.

Hospitais 4.0 e a importância da infraestrutura

A tecnologia e a saúde estão cada vez mais próximas e apostar em infraestrutura para antecipar as inevitáveis mudanças é investir em soluções à prova de futuro.

Os hospitais receberam mais um integrante para a equipe médica: a tecnologia. Cada vez mais autônomos, os dispositivos de segurança e videomonitoramento conseguem orientar melhor todas as operações de uma unidade de saúde – desde a limpeza até o atendimento aos pacientes. Com ganhos comprovados, a evolução tecnológica ainda esbarra em um grande desafio, a falta de infraestrutura dos hospitais brasileiros.

Atualmente, a maior parte das instituições de saúde possuem câmeras de videomonitoramento – em geral, mal utilizada – computadores, controle de acesso ou outros equipamentos com conexão à rede que, com pouco investimento, pode colaborar em todos os setores. No entanto, para isso é preciso antes criar um ambiente up to date e de acordo com o nível de qualidade que se espera como retorno.

Alguns preferem chamar a revolução da internet como a 4ª revolução industrial, o fato é que gradativamente os computadores ocupam espaços centrais em todos os serviços e com o IoT (Internet of Things) e Inteligência Artificial (AI), as possibilidades para o futuro são inimagináveis. De maneira que, a atualização é inevitável. Além da equipe de funcionários, os hospitais precisam investir em uma infraestrutura de ponta para se tornarem instituições 4.0.

Nos Hospitais Inteligentes, a junção entre serviços e produtos, somados ao uso do big data e data analytics contribui para a otimização na tomada de decisões com diagnósticos mais precisos. Para cuidados aos pacientes, já existem tecnologias onde através de um vídeo analítico, o sistema reconhece escorregões e quedas nas dependências do hospital e emite um alarme para avisar as equipes. Em asilos ou áreas com grande circulação de idosos, o programa pode salvar vidas.

Na prática, as maiores instituições de saúde do Brasil já contam com prontuários eletrônicos na rotina e outros a distribuição de remédios já é feita por um robô que movimenta 3700 itens e o transporte de remédios de urgência é feito por dutos pneumáticos.

Com o recurso de reconhecimento facial, os médicos podem entrar na sala de cirurgia ou em áreas restritas com muito mais segurança e, o mais importante, sem tocar em nada, diminuindo o risco de contaminação. As imagens das câmeras de segurança podem servir para verificar pacientes em tempo real, depois para analisar padrões de atendimento e usados como exemplo em treinamentos futuros.

Atualmente, os smartphones já causam impacto no atendimento – seja pelo viés dos pacientes ou da equipe médica. Em instituições com grande volume de atendimentos, cerca de 90% dos atendidos possuem smartphone, ou seja, ter internet com wi-fi no local é essencial e o lugar precisa estar preparado para suportar o grande volume de acessos, assim como nos preocuparmos com a segurança.

O Roadmap da tecnologia dentro dos hospitais vai da lavanderia ao prontuário eletrônico. Até o tradicional estetoscópio, já conta com uma versão digital - sistemas embarcados visando a conectividade e a interoperabilidade, o que demonstra a união definitiva entre saúde e tecnologia. O principal desafio agora é superar as máquinas analógicas, substituí-las. Adotar uma política conservadora agora é procrastinar um crescimento inevitável e, especialmente, desejado.