Com crescimento de 13,69% em relação ao ano anterior, as exportações brasileiras de dispositivos médicos totalizaram US$ 1,06 bilhão em 2023. Desse valor, US$ 596,12 referem-se às exportações de produtos médico-hospitalares, que apontaram crescimento de 0,18% em relação a 2022. O segmento de laboratório teve o maior crescimento (87%) registrado entre as verticais de dispositivos médicos. Já os aparelhos para filtragem de água para uso em laboratório foram, em 2023, o principal dispositivo médico exportado pelo Brasil. Seguido pelas válvulas cardíacas, bolsas e sacos para uso médico, categutes esterilizados e os artigos e aparelhos ortopédicos.
“Esse aumento se deve, entre outros fatores, pelo crescimento das exportações destinadas a China, que em 2023 passou a ser o segundo maior consumidor dos dispositivos médicos fabricados no Brasil. Em 2022, o país ocupava apenas a 16° posição no ranking dos países importadores do produto nacional”, diz Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos.
As exportações do segmento de reabilitação apresentaram crescimento de 25,04% em 2023, totalizando US$ 102,16 milhões. Enquanto, odontologia foi o único segmento do setor a apresentar queda nas exportações no último ano, de 5,12%.
Seguindo a tendência do setor, as exportações das fabricantes nacionais associadas ao Brazilian Health Devices (BHD), projeto setorial da ABIMO em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), cresceram 7,5% em 2023, quando comparadas a 2022, e, somaram US$ 106,61 milhões. “Os índices positivos são reflexos das estratégias eficientes elaboradas pelo projeto, que analisa as melhores oportunidades de internacionalização, observando mercados atrativos e potenciais para a indústria nacional”, diz Larissa Gomes.
Entre os principais dispositivos médicos exportados pelas associadas durante o ano de 2023, estão: instrumentos para odontologia, artigos e aparelhos ortopédicos, instrumentos para uso na medicina e cirurgia e os cimentos para obturação dentária.
Quando falamos em importações dispositivos médicos 2023, o valor foi de US$ 8,18 bilhões em 2023, o que representou crescimento de 9,80% em relação ao apresentado em 2022. E, diferente das exportações, em que os produtos de laboratório foram destaque, na importação eles foram os menos representativos, somando US$ 3,84 bilhões, o que representou 47% do total importado pelo setor em 2023. Quando consideradas também as importações de produtos médico-hospitalares, essas mercadorias passam a representar 90,44% do total comprado pelo Brasil do exterior em dispositivos médicos.
Entre os principais fornecedores dos dispositivos médicos importados pelo Brasil estão Estados Unidos, Alemanha, China, Irlanda e Suíça, sendo as principais mercadorias importadas os produtos imunológicos para uso laboratorial, instrumentos e aparelhos para medicina e cirurgia, sondas/cateteres e os reagentes de diagnóstico laboratorial.
Principais países consumidores dispositovos médicos
Do total exportado em 2023, os principais mercados consumidores dos dispositivos médicos brasileiros foram Estados Unidos, China, Argentina, México e Colômbia. Sendo que a China, que em 2022 ocupava a 16° posição dos principais destinos das vendas externas do Brasil, em 2023 passou a ser o 2° principal mercado para o produto nacional.
“O valor importado de dispositivos médicos brasileiros pela China em 2023 foi aproximadamente 10 vezes maior do que o registrado em 2022. O aumento significativo deveu-se principalmente pelo crescimento nas importações de equipamentos para depuração de água para uso laboratorial”, diz Larissa.
Entre as empresas associadas ao BHD, os Estados Unidos foram os principais compradores dos dispositivos médicos, seguido da Argentina, México, Peru, Chile e Emirados Árabes Unidos. No total, somam em 137 os países importadores das mercadorias e 82 aqueles onde houve crescimento nas exportações em relação a 2022.
regulamentar o segmento. Nesses anos de trabalho, a ABIMO expandiu suas operações de suporte à cadeia produtiva através de conselhos e grupos de trabalho, os quais respondem por todos os aspectos técnicos, operacionais e associativos do setor.