Depois de um ano marcado por um recuo de 7,7% na fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos, o mercado de dispositivos médicos espera que as vendas cresçam 48% entre janeiro e fevereiro deste ano em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com a mais recente pesquisa realizada pela ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos - com suas associadas. Quando falamos em produtividade, essa expectativa é que haja um aumento de 43%. Com efeito, 33% dos entrevistados pretendem contratar trabalhadores, logo no início do próximo ano.
“Em 2023, conseguimos vitórias no Governo que devem começar a refletir este ano no setor, como a reforma tributária, que garantiu isonomia tributária dos dispositivos médicos nas compras públicas e das Santas Casas, bem como a manutenção do desconto de 60% na alíquota padrão”, diz Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO. Para ele, o texto da Reforma permite que alguns dispositivos médicos possam ter 100% de desconto sobre a alíquota padrão, garantindo os tratamentos que atualmente são isentos.
No universo da pesquisa ABIMO, das empresas respondentes, 54% são do segmento médico-hospitalar; 24% da odontologia; 16%, de materiais de consumo; 3% de implantes; e 3% de reabilitação. A maioria concentra suas atividades em São Paulo (70%), mas há empresas do Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Amazonas, Minas Gerais e Paraíba.