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Podcast Future of Digital Health debate o futuro da saúde digital com Chao Lung Wen

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O segundo episódio propõe uma reflexão sobre o que está por vir na saúde conectada e o papel da tecnologia como acelerador e unidade integrativa na cadeia de saúde

Neste dia 22 de março, chegou às principais plataformas digitais o segundo episódio do mediacast Future of Digital Health com uma discussão fundamental sobre saúde conectada. Guilherme Hummel, host e curador de conteúdo, recebeu o Prof. Dr. Chao Lung Wen, presidente da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde (ABTms) e chefe da disciplina de telemedicina da FMUSP, referência no assunto, para tratar sobre o futuro da saúde conectada e os principais aspectos que o Brasil precisa avançar.

Com o apoio da DGS Brasil, do Grupo DedalusGrupo Fleury Saúde DigitalInterSystems e Salesforce, o episódio  com o tema “Connected Care e IoMT” traz uma reflexão o que está por vir em relação à tecnologia como acelerador e unidade integrativa na cadeia de saúde.

Remodelação da saúde

Hummel questiona qual o contexto de avanços tecnológicos que vamos assistir nos próximos anos no que diz respeito à saúde digital. Pois há uma grande discussão sobre como medir o valor e o custeio de serviços na saúde digital. Chao explica que, até 2030, a sociedade viverá um período de remodelação da saúde. “Hoje não temos plano de saúde. Temos plano de cobertura de eventual sinistro (doença)”, afirma.

Para ele, o Brasil precisa ousar mais no que diz respeito à saúde digital. Pesquisador sobre o tema há décadas, Chao tem um projeto que envolve “cidade da saúde e estilo de vida” e está diretamente ligado a moradias inteligentes e conectadas. Você deve estar se perguntando, o que isso tem a ver com saúde conectada? O professor afirma categoricamente: “a partir de 2030, teremos a saúde conectada distribuída, na qual instituições de saúde vão ser o centro de distribuição do cuidado para dentro do domícilio do usuário. Quer entender como isso vai funcionar? Assista ao episódio completo.

Experiência do usuário

Hummel concorda que a remodelação é eminente. No entanto, pergunta sobre como transmitir valor e fazer o usuário entender este novo modelo de saúde. Chao é bastante assertivo: "o grande negócio é acabar com as filas de atendimento. Isso só é possível quando a estrutura assistencial tem capacidade de atender a mesma quantidade de pessoas que adoecem. Mas como reduzir o número das pessoas que adoecem? Promovendo a saúde", explica. Agir preventivamente é melhor para o paciente e otimiza custos futuros. Tudo estar interligado em um grande ecossistema.

Papel do médico e gestor

Em um contexto de muitas transformações, Hummel indaga sobre como o médico deve se posicionar enquanto gestor e “atendente/ agente da consulta” e inclusive relembra uma frase dita pelo convidado em outra ocasião: “a consulta não é o centro da cadeia de saúde”.

Chao acredita que talvez seja necessário mudar a formação curricular do médico. “Estamos formando médicos muitos técnicos, com intervenções medicamentosas, sem saber fazer uma análise global, ou seja, que empregue os conhecimentos da fisiopatologia para prevenir riscos e agravos”, pontua. A telemedicina enquanto disciplina na graduação precisa ser vista como uma ferramenta de linha de cuidado. Chao explica que a teleconsulta é algo pequeno perto do telemonitoramento, que torna-se menor se comparado ao estilo de vida de um paciente, capaz de determinar os aspectos comportamentais que impactam diretamente a saúde.

Tecnologias disruptivas

Chao reflete sobre o uso de algumas tecnologias, como o ChatGPT, a aplicação de ferramentas preditivas na saúde e a transversalidade da saúde em sinergia com diversas camadas da indústria. São grandes desafios para um longo caminho a ser construído, porém é importante reconhecer o grande passo dado, com a lei 14.510/2022 que autorizou a telessaúde no país.

Hummel finalizou querendo saber como seria o planejamento do professor para o futuro da saúde no Brasil se tivesse o poder de decisão. Assista!