Equipamento de radioterapia utilizado no Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto, em São Paulo, aumentou a eficiência e precisão do tratamento de pacientes com câncer, além de permitir a redução no número de sessões de radioterapia. A tecnologia faz com que, antes de liberar o feixe de radiação, seja possível verificar a localização precisa da área a ser tratada por meio de sistemas de imagem acoplados a um acelerador de partículas.
Um tratamento que antes durava até 38 sessões, agora é feito no máximo em 20. Há casos em que há necessidade de cinco sessões. “Pelo menos 60% dos pacientes com a doença, em algum momento do tratamento, precisam passar pela radioterapia e, por isso, ela é de extrema importância”, afirma Renato José Affonso Júnior, médico rádio-oncologista e coordenador do Departamento de Radioterapia do HB Onco.
Entre 2021 e 2022, foram realizados 371 atendimentos radioterápicos no HB Onco. Além de agilizar o tratamento, a tecnologia dá mais conforto aos pacientes que moram nas cidades ao redor de Rio Preto, já que não precisam vir com tanta frequência ao hospital. A melhoria das técnicas utilizadas no tratamento é outro diferencial, como a radioterapia estereotáxica extracraniana fracionada. “São aplicadas doses altas de radiação diretamente no tumor, preservando os tecidos saudáveis ao redor. Em casos iniciais, dependendo da situação, a resposta é similar à de uma cirurgia”, afirma Renato.
Vale lembrar que, além da radioterapia, o complexo Funfarme também realiza quimioterapia, transplante de medula óssea e conta com uma estrutura humanizada, com profissionais altamente qualificados e capacitados para o tratamento dos pacientes portadores de câncer. Há uma equipe multidisciplinar para acompanhamento do paciente, do início ao fim do tratamento, o chamado follow-up.
“Temos médicos oncologistas, hematologistas, rádio-oncologistas, radiologistas, patalogistas e cirurgiões que atendem todos os pacientes em um único lugar. Contamos também com uma equipe multiprofissional composta por: nutricionistas, enfermeiras, fisioterapeutas, físicos médicos, biomédicos, cirurgiões dentistas, fonoaudiólogas e psicólogos que também fazem parte do cuidado”, finaliza o médico.