Não podemos ignorar o aumento da demanda por serviços de saúde decorrente do envelhecimento populacional. É preciso sim repensar o modelo assistencial vigente e já caminhar para a construção de diferentes maneiras a fim de atender adequadamente essa população, que tende a desenvolver doenças crônico-degenerativas.
Com isso visto, é preciso discutir e melhorar uma série de aspectos, como a formação dos profissionais, a participação do paciente no processo do cuidado, a necessidade de parcerias e serviços colaborativos, novos modelos de cuidado e a sustentabilidade econômica, já que temos a diminuição da mão de obra ativa concomitantemente a esta tendência.
Questões como essas já estão sendo debatidas pelo mercado e devem continuar, até que saiam do papel e efetivamente comecem a transformar o sistema de saúde brasileiro. Entretanto existe outros fatores menos comentados e fundamentais por trás do envelhecimento.
O quanto a sociedade constrói o comportamento do idoso no futuro? O quanto as pessoas atrelam a terceira idade com falta de saúde ou até falta de utilidade? O quanto as estruturas do mercado de trabalho desvalorizam aqueles com mais idade? O quanto os próprios idosos desvalorizam a si mesmos? Será que isso pode acarretar em doenças?
Apesar de reflexões como essas ainda não terem atingido a massa, a ponto de uma mudança radical, há exemplos que indicam o surgimento de um novo olhar sobre a chamada terceira idade.
Você pode conhecer alguns desses exemplos em artigos já publicados pelo Saúde Business. Inclusive a Live Healthcare Media traz o tema “O envelhecimento pede um novo modelo de negócio?” para uma mesa de debate nesta próxima terça-feira, dia 28/04. Para assistir, CLIQUE AQUI.
Artigos :
IDEO MentorUp e o Envelhecimento
Startups estão de olho no envelhecimento conectado
Os novos horizontes do empreendedorismo sênior
Documentário - ENVELHESCÊNCIA
Dirigido por Gabriel Martinez, o longa metragem Envelhescência relata a história de seis pessoas que vivem a vida de maneira plena e nos mostram, através de suas próprias experiências, que os costumes e a rotina após os 60 anos podem ser repletos de atividades e bom humor. Intercalado com comentários de especialistas (Alexandre Kalache, Mirian Goldenberg e Mário Sergio Cortella) o filme sugere uma nova perspectiva sobre o significado do envelhecimento em nossas vidas.
