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Anvisa aprova nova tecnologia para tratamento de arritmia

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Novo tratamento chega como uma nova esperança na vida de cerca de 1,5 milhão de pessoas que são acometidas pela doença no país.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou nova tecnologia para tratamento da fibrilação atrial. O sistema inovador de ablação por campo pulsado (PFA, Pulsed Field Ablation em inglês), da Boston Scientific Brasil,oferece uma alternativa segura e eficaz para cerca de 1,5 milhão de brasileiros afetados pela fibrilação atrial anualmente, dos quais 70% apresentam sintomas, conforme constatado por estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A tecnologia já demonstrou sucesso em mais de 40 mil pacientes em escala global. 

O tratamento visa interromper episódios recorrentes de arritmia, evitando progressão para formas persistentes e permanentes, que podem causar complicações cardíacas graves, incluindo insuficiência cardíaca e risco aumentado de eventos cardiovasculares adversos, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). 

"A aprovação é um marco importante para ajudar milhões de pessoas que são afetadas pela fibrilação atrial no Brasil, além de ser uma oportunidade incrível de trazer o primeiro sistema PFA projetado e construído exclusivamente para esse tipo de terapia de ablação", afirma Kalyne Terumi Chagas, diretora da área de Ritmo Cardíaco na Boston Scientific Brasil. 

Diferenciais do tratamento 

Diferentemente dos métodos de ablação tradicionais, que empregam temperaturas extremas para destruir áreas específicas do tecido cardíaco, o o novo sistema utiliza campos elétricos para atingir seletivamente as células responsáveis pela arritmia, minimizando o risco de danos a estruturas adjacentes, como o esôfago e o nervo frênico. 

Um estudo retrospectivo, denominado MANIFEST 17K, conduzido em mais de 106 centros em todo o mundo, envolvendo mais de 17 mil pacientes, validou a segurança do tratamento, registrando taxas de lesão de esôfago, lesão permanente do nervo frênico e estenose das veias pulmonares de 0%. Além disso, o estudo ADVENT, realizado em 30 centros nos Estados Unidos, comprovou que o sistema alcançou uma eficácia comparável à energia térmica no tratamento da fibrilação atrial, evidenciando sua segurança e eficácia.