Conversei com Rahma Samow, Head Global de Serviços Digitais da Siemens Healthineers.
Nascida na Somália, criada na Alemanha e com um histórico de trabalho focado em Tecnologia Médica e Gestão de Produto, Rahma passou a trabalhar nos conceitos de Saúde com base em valor e na integração da radiologia aos sistemas hospitalares, tornando-a mais rápida e eficiente.
Na Siemens, as áreas de in vivo e in vitro são tradicionais e a vertical de Digital Services surgiu após o entendimento de que a digitalização é força motriz para uma mudança do setor de saúde. Atualmente, 1500 hospitais estão na comunidade digital.
"O cliente está levando a indústria a criar soluções digitais. Os pacientes estão mais cientes da sua jornada, dos seus cuidados e acredito que a maior preocupação, atualmente, é em relação a privacidade e segurança de dados, não em relação aos benefícios da digitalização."
A digitalização é chave na transformação para uma saúde baseada em valor e a falta de comunicação entre sistemas representa ainda um grande desafio técnico e financeiro.
Se uma organização está focada na gestão de um maior número de pacientes a um custo menor, na mudança dos modelos de pagamento e no aumento da eficiência operacional, o uso da informação é pré-requisito para o sucesso.
Antes de cuidar da vertical a nível global, Rahma foi responsável por Oriente Médio e África e vivenciou a diversidade de estruturas e culturas, promovendo, com sua equipe, a conscientização de que a digitalização não só torna o cuidado mais integrado, mas também aumenta produtividade, diminui custos e leva o setor para um conceito de valor.
Samow também falou um pouco sobre as parcerias com outras organizações. "A Siemens se apóia nas suas maiores competências, que estão relacionadas a dados clínicos e atua com parceiros para potencializar os produtos e serviços". A empresa tem parceria com a Microsoft, por exemplo, para serviços de nuvem e com a IBM, nos Estados Unidos, para o produto de Saúde Populacional.
Segundo ela, a visão de ecossistema está bastante presente na instituição e está refletida, por exemplo, no Digital Ecosystem, produto de portfolio que envolve um grande espectro de dados, capacidades, aplicações e serviços, gerando, agregando e analisando dados de diagnóstico in-vivo e in-vitro. Inclusive, o produto combina scanners e dispositivos com inteligência artificial.