Durante o terceiro dia da Hospitalar, maior feira de saúde da América Latina, os presentes na Arena de Reabilitação puderam acompanhar o painel apresentado pelo Dr. Kaio Bin, CEO do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP - sobre o “Monitoramento remoto de sinais vitais através de relógio inteligente.”
A importância do monitoramento contínuo e remoto de sinais biológicos em pacientes é um recurso que, além de permitir que o próprio indivíduo tenha um controle maior sobre sua saúde, auxilia na detecção precoce de possíveis complicações e no ajuste adequado de tratamentos. “Essa autonomia que o médico e a equipe de saúde têm dá mais celeridade para as tomadas de decisão e pode ser crucial para o paciente”, enfatizou Bin.
A partir desse cenário, o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, desenvolveu a LIKA-HC, uma plataforma ligada a um aplicativo de relógio digital que, além de analisar previamente os sinais vitais dos indivíduos, consegue diagnosticar o Covid-19 por meio de seus modelos preditivos.
"Para construir a plataforma, foi necessário usar como base a internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) que recebia os dados de forma anônima e transmitia as informações automaticamente a cada 60 minutos. Após isso, eles são disponibilizados para os cuidadores em tempo real, por meio do prontuário eletrônico", explicou.
O LIKA-HC também serviu como base de um estudo de acurácia que analisou a precisão da ferramenta e confirmou que a tecnologia estava de acordo com o padrão ouro de um equipamento presente em um ambiente extra-hospitalar.
Ao total o médico reforça que mais de 10 milhões de dados foram analisados e coletados durante 13 mil dias. Além disso, 10,5 milhões de batimentos cardíacos, 25 mil medidas de saturação de exigência e 16 mil medidas de pressão arterial sistêmica foram registrados.
Monitoramento remoto
O aplicativo LIKA-HC também foi fundamental para que a equipe pudesse analisar e avaliar os dados de forma remota. Além disso, o médico explicou que muitas vezes os pacientes não sentem sintomas específicos, mas alterações eram registradas e encaminhadas para a equipe médica que logo entravam em contato com o indivíduo para iniciar o protocolo de tratamento.
"O sistema LIKA-HC atende os requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e como perspectiva futura, novos dispositivos poderão se conectar à plataforma. Nós já estamos vivendo o futuro", finalizou o CEO do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do HCFMUSP.
A agenda de conteúdos da Arena de Reabilitação continua no último dia da Hospitalar. Se você é um visitante interessado em estar atualizado com as últimas tendências, não perca essa oportunidade! Acompanhe as palestras e mergulhe em discussões relevantes com especialistas renomados.
Confira os destaques:
14h05 - Palestra – Desafios da Reabilitação Digital
Carla Giuliano de Sá Pinto Montenegro l Profissional de Educação Física Sênior e referência do Centro de Reabilitação Virtual l Hospital Israelita Albert Einstein
16h50 - Palestra – Acesso à Reabilitação pós aguda: um olhar para a desospitalização
Fernanda Martins l Médica fisiatra l Instituto de Medicina Física e Reabilitação l HCFMUSP
Não deixe de aproveitar ao máximo o último dia da Hospitalar e enriquecer sua experiência com o conhecimento compartilhado na Arena de Reabilitação.