O papel da indústria na transformação digital e o que o futuro trazido pela tecnologia de precisão nos reserva foi o tema do painel realizado na tarde desta terça-feira, 24, na Hospitalar. O painel integra o evento Diálogos Abimed, na Arena de Indústrias e Distribuidores.
Com a participação Eli Szwarc, Latam informatics medical leader da Philips; Giovanni Cerri, ex-secretário estadual de saúde e presidente do Instituto Coalizão Saúde; Fabricio Campolina, presidente da Johnson & Johnson MedTech Brasil, Manuel Coelho,head of enterprise services Brasil da Siemens, e Adriano Caldas, general manager e vice-presidente Latam da Guerbert, além de ser vice-presidente do Conselho Administração da Abimed.
Em um pequena apresentação sobre o futuro da saúde, o professor Giovanni Cerri dividiu o que está por vir em duas partes: transformação digital, e tecnologia de precisão. O primeiro tendo sido impulsionado pela pandemia, tem o potencial de trazer grandes transformações para o setor, no que tange redução de custos, acesso a informações em tempo real, melhoria da eficiência operacional, personalização dos cuidados de saúde, redução de erros e tomadas de decisão mais precisas.
Já as tecnologias de precisão visam a segurança do paciente. “É a evolução que acompanha a saúde digital, criando um novo ambiente para a segurança do paciente com monitoramento remoto, biosensores, IoMT, dispositivos implantáveis. Tem enormes oportunidades na inovação aqui”, salientou o professor.
Para o futuro, as tecnologias que merecem atenção são Inteligência Artigifical, Machine Learning, automação e robótica, cibersecuruty impressão 3D; realidade virtual e aumentada; transcrição automática de dados, ferramentas de trabalho remota, e assistentes virtuais com a IA generativa.
As possibilidades que o futuro traz com o avanço dessas tecnologias são inúmeros, com possibilidades de resolver os grandes desafios da saúde, como alto custo, dificuldade de acesso, e o envelhecimento da população. No entanto, as dificuldades seguem sendo as mesmas.
Desafios
“O setor de saúde é fragmentado, 30% da população da América Latina não tem acesso a saúde básica. O mercado de saúde não é para amadores. O cuidado transversal, multidisciplinar, e centrado no paciente vem se consolidando. Mas ainda há muitos conflitos de interesses”, destacou Eli Schwarz, executivo da Philips.
Entre os principais desafios apontados para o avanço nesse futuro está a interoperabilidade, que é uma necessidade urgente para garantir o paciente no centro da horizontalidade em saúde, e a preparação de pessoas para que se possa acelerar essa transformação digital. “É responsabilidade dos líderes gerar destreza digital nas suas equipes, evoluir para modo de trabalhos ágeis, e ter um estilo de liderança servidor, criar base para servir e catapultar essa inovação”, destacou Campolina, presidente da Johnson & Johnson MedTech Brasil.