O setor farmacêutico se caracteriza pela inovação e altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento devido à necessidade constante de entregar novos medicamentos ao mercado. Além disso, nos últimos anos, essa indústria tem passado por uma grande transformação por conta dos crescentes aportes financeiros que têm gerado diversas inovações voltadas à maior eficiência em seus processos.
São diversos fatores que levaram o setor a esse cenário positivo. Entre eles estão a maior demanda por fármacos com o envelhecimento da população e a busca das pessoas em melhorar a qualidade de vida e bem-estar, por exemplo.
Segundo dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), em 2018, o setor recebeu US$ 172 bilhões de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo, e esse montante deve saltar para US$ 204 bilhões em 2024, uma alta de 18,6%. Os números, de acordo com a entidade, superam os aportes realizados por outras áreas caracterizadas pela inovação, como as indústrias automobilística e de hardware e software.
Com os investimentos previstos e a demanda crescente por fármacos, as projeções são de alta para o setor como um todo nos próximos anos. Em relatório divulgado no ano passado pela Research and Markets, a projeção é que o mercado global praticamente dobre de tamanho até 2028 atingindo US$ 957,59 bilhões, registrando um crescimento anual de 11,34%.
Dentro desse processo, a pandemia tem imposto mudanças importantes na indústria farmacêutica. A principal delas é a descentralização da produção de medicamentos. A tendência é que essa produção passe a ser cada vez mais doméstica, evitando a dependência em relação às nações produtoras ou as grandes empresas do setor.
Essa expansão do mercado farmacêutico tende a impactar também as tecnologias utilizadas nas linhas de produção. Hoje, os processos tradicionais são de produção em lote, que exigem grandes instalações e maquinários caros, culminando também em grandes companhias.
A tendência é de mudanças na linha de produção com expectativas de facilitar a atuação de novas companhias e startups. Estão entrando em operação a fabricação de fluxo contínuo, cujos processos são mais automatizados, exigem menos estoque e menor inatividade entre os lotes, e são também mais sustentáveis por consumir menos energia e diminuir as emissões de carbono. Além disso, essas instalações são para produção em menor escala, reduzindo assim os investimentos necessários para atuar no setor.
De acordo com o Centro de Comércio Internacional (ITC), as despesas de capital para essas tecnologias são estimadas entre 20% e 76% mais baixas em relação aos processos tradicionais de produção, sendo que a economia com as despesas operacionais pode atingir até 40%. Esse novo modelo torna o processo mais produtivo e flexível, permitindo uma maior diversificação de produtos.
Entre as tecnologias e tendências que têm se destacado na indústria farmacêutica estão: 1) inteligência artificial (IA), tida como a tecnologia que terá mais impacto nas mudanças do setor por fornecer melhorias de produtividade e eficiência em toda a cadeia de valor; 2) supercomputação, devido à necessidade de ampliar a indústria no desenvolvimento de novas aplicações farmacêuticas e dar base para as pesquisas voltadas a novos medicamentos; 3) sustentabilidade, que tem entrado no foco das companhias e que ocorre junto com a transformação digital visando maior eficiência, aceleração da produção e redução de custos nas atividades.
Como se vê, a indústria farmacêutica tem passado por uma verdadeira transformação iniciada nos últimos anos com a implementação de novas tecnologias em seus processos de produção. Mas para suportar toda essa inovação, é importante adotar iniciativas que dão mais segurança, eficiência e disponibilidade ao ambiente digital. Entre as ações, estão: 1) produtos que protegem os dados de maneira eficiente e que se adaptam às operações da companhia mesmo em ambientes críticos, como um Rack Edge para o processamento de dados na borda; 2) serviços de monitoramento e gestão da infraestrutura de TI realizados com inteligência e equipe especializada; 3) soluções voltadas para uma maior eficiência energética do ambiente digital, como o Data Center Carbon Zero, que consiste em um plano de ação multidisciplinar que reduz em até 60% o consumo de energia das infraestruturas de TI.
Todo esse cenário tem atraído recordes de investimentos ao setor, com projeções de alta até o fim desta década. Apesar de recente, o crescimento dessa indústria ocorre junto com o implemento de inovações em todo o processo produtivo introduzindo eficiência, produtividade, segurança e controle e redução de custos, tudo isso ocorrendo com atividades mais sustentáveis.
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*Por Marcio Martin, Vice-Presidente Comercial, Soluções e Marketing para América Latina da green4T