Hoje, no 1 dia da Conferência Health 2.0 participei do modulo Employers 2.0, que trouxe empreendedores focados em atender o Mercado de saúde corporativo. A primeira empresa que me chamou a atenção foi a Keas, uma rede social voltada a promover a saúde dos colaboradores. Com uma interface agradável e um sistema que as atividades geram pontos para os participantes, a rede social Keas tem crescido e seu piloto na Pfizer tornou-se um trabalho científico que mostrou melhoras significativas na saúde dos colaboradores que utilizaram consistentemente a ferramenta. Na Pfizer, de uma população de 7.000 pessoas, ¼ decidiu participar do programa e no decorrer do tempo, cerca de metade desta população ou 1/8 da população original continuava engajado. Os colaborades reportaram melhores hábitos de saúde no decorrer do tempo e o percentual de colaboradores que não fazia nada pela sua saúde caiu de 22% para 1%.Este programa foi considerado um sucesso e será extendido para todos os colaboradores da Pfizer nos EUA. A Keas é uma empresa sediada em Boston e um de seus fundadores é Adam Bosworth, que foi um criadores do Google Health. Esta empresa esta interessada no mercado brasileiro e está em busca de um parceiro local para desenvolver o seu projeto.
Veja palestra em Berkeley com a paticipação de Adam Bosworth:
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Outra empresa interessante é a de um jovem empreendedor Jordan A. Goldberg, que no seu primeiro ano do MBA de Yale fundou em conjunto com dois professores uma companhia chamada Stickk, que ajuda a pessoa a se comprometer com os seus objetivos. Por exemplo, imagine que você queira perder 20 kg, bem então você terá de estabelecer uma premiação caso ganhe, uma punição caso perca e escolher um juiz que definirá se você ganhou ou perdeu. A punição é definida por você e pode ser doar dinheiro para uma instituição que você odeia, ao passo que se você ganhar o dinheiro vai para uma instituição em que você acredita.
A Castlight Health é outra empresa que me chamou a atenção. Esta empresa oferece serviço de comparação de planos de saúde e comparação de preço e qualidade entre diferentes prestadores, o que permite que o paciente tome decisões mais conscientes a respeito do local em que quer realizar seu diagnóstico ou tratamento. Um dos serviços oferecidos que me chamou a atenção foi o serviço de rating realizado pelos clientes tanto dos médicos quanto das instalações que realizou o atendimento. Tal rating no Brasil é algo inviável de ser pensado no momento no Brasil, pois qualquer médico que entre com uma ação contra a empresa que publicou uma crítica negativa, poderia ganhar esta causa alegando difamação.
Os blogueiros também estão em peso na conferência. Acabei de conhecer Janice McCallum, consultora que escreve sobre informação e saúde. Esta consultora é muito conhecida pelos seus comentários no Twitter possuindo mais de 3.000 seguidores.Conversando com ela percebi que o Mercado de Saúde brasileiro é muito melhor do que parece. Nos EUA existem centenas de opção de planos de saúde suplementares, sendo que os planos podem estabelecer um valor máximo de seguro, ou excluir pacientes com doenças pré-existentes. Caso o paciente não possua um plano de saúde corporativo, então o consumidor arcará com planos muito ruins, que ou são muito caros, ou tem uma série de condições que não são cobertas. Assim, nos EUA, se o paciente tiver uma doença de difícil tratamento, como um câncer, esta doença pode levá-lo à falência pessoal. Janice contou do caso de uma família em que a filha e a esposa tiveram câncer e a apólice de saúde cobria até US$ 1 milhão. Infelizmente, os custos de tratamento chegaram a US$ 5 milhões, sendo que deste valor US$ 4 milhões terão de ser pagos por este pai de família.
Veja esta entrevista com Janice McCallum:
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Atenciosamente,
Fernando Cembranelli
Equipe EmpreenderSaúde
