Quando um hospital de pequeno porte decide adotar uma solução de gestão hospital (ERP, ou Enterprise Resource Planning), o Retorno sobre o Investimento (Return over investment, ou ROI) é tão importante quanto a melhoria dos processos. “Por terem uma receita mais restrita, essas instituições precisam de uma garantia de que o investimento consegue se pagar em pouco tempo”, diz Rogério Medeiros, professor do MBA de Gestão em Saúde do Centro Universitário São Camilo. Segundo ele, o ROI já é percebido nos três primeiros meses. “Os ganhos são imediatos e contínuos, à medida que o hospital evolui na utilização do sistema”, diz.
O Hospital Municipal Francisco Moran viu esses ganhos na prática. Com uma estrutura de 311 leitos e uma equipe de mais de 1,4 mil colaboradores que realizam 6 mil consultas em 36 especialidades, 9 mil exames e 900 internações por mês, conseguiu por meio da solução de gestão hospitalar da Benner controle os processos em toda a cadeia de eventos entre as assistenciais e administrativas, fornecendo subsídios de informação para a tomada de decisão, além da redução de custos, melhoria da qualidade e agilidade no atendimento.
Com o sistema, também foi possível controlar todos os processos de atendimento aos pacientes nos setores de Ambulatório, Pronto Socorro, Internação e SADT, sistematizando as ações dos diversos tipos de atendimentos (consultas, registros, prescrições, internações, prontuário eletrônico e terapias).
Rogério Medeiros, da São Camilo, pontua onde estão os principais ganhos, de forma geração, proporcionados por uma solução de gestão hospitalar:
1. Melhora operacional
O sistema melhora os processos internos, como o controle de estoque de medicamentos, e organização de prontuários médicos e fichas de pacientes. “O objetivo principal do sistema é reorganizar processos comuns do hospital para trazer mais agilidade a otimização”, explica Medeiros.
- Redução de desperdício
Gestão de estoque é um ponto crítico, pois quando mal feita pode ocasionar em falta de medicamentos ou excesso de produtos, o que gera perdas ou problemas de armazenamento. Com o sistema, é possível saber exatamente qual a demanda de remédios, materiais hospitalares e suprimentos. Esse controle traz resultados a curto prazo.
- Menos complicações com medicamentos
Com a questão do estoque resolvida, fica mais fácil saber sobre possíveis interações medicamentosas. “Em torno de seis meses, o médico consegue identificar, por exemplo, que para determinado paciente não pode receitar um medicamento em conjunto a outro. Isso evita a geração de outros problemas de saúde e, até, internações.
- Registros adequados de procedimentos para gerar receitas
Muitas vezes, em um prontuário médico de papel, algumas informações podem passar despercebidas, até pela dificuldade de leitura, como o pedido de um raio-X ou o tempo de uma internação. A consequência disso é a geração de cobrança errada - tanto para mais, quanto para menos. “Com o sistema, e tudo armazenado, é possível aumentar a receita em até 30%, apenas levando em conta os itens que não eram registrados ou se perdiam em meio a tantas anotações”, explica Medeiros
- Visão ampla da empresa
É possível identificar os gargalos de um processo ou os erros comuns em algum departamento. De maneira simples, o sistema pode, por exemplo, identificar que no setor X, o uso de um material como algodão aumentou muito, sem que os atendimentos tenham crescido. Dessa forma, a instituição pode apostar em treinamento sobre o melhor uso dos produtos ou, até, sobre conscientização de desperdício.
- Menor tempo de pagamentoQuando o fechamento de um tratamento é feito com base em contas de papel, é preciso juntar diversos formulários oriundos de vários setores, como farmácia, centro de raio X e internação, o que demanda tempo e mais atenção. Com o sistema, isso pode ser feito assim que o tratamento termina. De acordo com Medeiros, os hospitais que contam com o ERP conseguem realizar esse fechamento semanalmente e assim, receber mais rápido. “Falo de uma diferença de 30 a 60 dias, sem o sistema, contra um dia com o ERP”, completa.
7. Diminuição de glosas
Com o melhor controle do que foi prescrito, o processo de cobrança melhora, minimizando erros e diminuindo o número de glosas. Quando os processos de pagamento são feitos por meio de planilhas, a geração de glosas pode chegar, em casos extremos, aos 9%.
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