Tirar o Hospital Digital do campo das ideias não é somente uma transição tecnológica: demanda planejamento, preparação, organização e foco. Perder de vista o objetivo da digitalização pode ocasionar em gastos adicionais ou, até mesmo, em dificuldades de conclusão e estabelecimento da proposta final. Alexandre Erik Costa, gerente de contas da MV, aponta cinco erros mais comuns do processo:
- Não entender o foco do projeto: primeiramente é preciso entender que a digitalização de um hospital tem um objetivo claro: tornar a experiência do corpo médico e administrativo mais prática e, principalmente, aprimorar o bem-estar do paciente. Esse objetivo deve embasar toda a mudança e reestruturação do hospital. Acrescentar tecnologias sem utilidade clara não é a finalidade desse projeto.
- Não dimensionar infraestrutura corretamente: a transformação de um hospital convencional em digital demanda não só recursos financeiros, mas também de armazenamento adequado de dados, tempo de implantação apropriado, além de garantia de segurança da informação e do paciente. Atropelar a fase de planejamento pode fazer com que o projeto seja malsucedido ou demande muito mais esforço e transtorno para se concretizar.
- Acreditar que é uma “mera automatização”: o projeto é concebido a partir de mudanças tecnológicas, mas um Hospital Digital efetivo vai muito além disso. É preciso haver um responsável do corpo médico e administrativo que, ao acompanhar o técnico de TI que vai planejar e estruturar as mudanças, agregue conhecimento médico e logístico próprio para as necessidades específicas de cada setor às funcionalidades do sistema. É possível digitalizar processos que, atualmente, estão fora do sistema, em vez de inserir no conceito apenas aqueles que já estão informatizados de alguma forma.
- Não entender as proporções do projeto: um Hospital Digital tem um escopo abrangente de implantações e possui níveis de imersão digital. Considerar que, implantado o certificado digital e eliminado o papel, o projeto está concluído, é comprometer o bom funcionamento de toda a entidade.
- Esquecer do treinamento: colaboradores podem ser resistentes às mudanças se não entenderem a finalidade da transformação. É preciso, além de prepará-los para utilizar as ferramentas, expor os benefícios que elas oferecem, tanto para paciente e quanto para o corpo médico.