A Unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Sírio-Libanês (HSL) completa cinco anos de atividade neste mês de agosto, com um balanço de 284 procedimentos realizados, sendo 18% em crianças. Do total, 112 são transplantes autólogos e 172 alogênicos. Os transplantes foram indicados em razão de quadros de leucemias, linfomas, anemias congênitas e outras doenças do sangue.
Entre as pessoas que necessitam de um transplante, somente 25% encontram um doador compatível entre irmãos. A probabilidade de se encontrar um doador não aparentado proveniente de registros nacionais e internacionais sobe para 60% a 70%. Aumentar ainda mais as chances destes pacientes encontrarem células-tronco compatíveis para a realização de transplante de medula óssea é um dos desafios dos bancos públicos de sangue de cordão umbilical.
Por esta razão, desde o início de seu funcionamento, a Unidade de TMO do Hospital Sírio-Libanês mantém o Banco Público de Cordão Umbilical e Placentário, em parceria com o Amparo Maternal, maternidade filantrópica, gerida pela Associação Congregação de Santa Catarina, da cidade de São Paulo. As unidades de cordão coletadas e armazenadas são disponibilizadas para uso nacional e internacional.
"Além de fazer parte do BrasilCord, rede nacional de bancos públicos coordenada pelo INCA e subordinada ao Ministério da Saúde, o Banco Público de Sangue do Cordão Umbilical e Placentário do Hospital Sírio-Libanês investe em pesquisas científicas, utilizando cordões impróprios para transplantes", afirma Yana Novis, coordenadora do Serviço de Onco-Hematologia do HSL.
Tecnologia e Segurança
Outro diferencial da Unidade de TMO do Hospital Sírio-Libanês é o sistema de filtragem de ar e água. Quatro dos seus leitos são equipados com o sistema SAS - sistema de antecâmara que antecede leito.
"Como o paciente tem sua imunidade diminuída após o transplante da medula óssea, precisamos de um ambiente altamente purificado, reduzindo os riscos de infecções. O ar e a água de toda a unidade são filtrados. O sistema de antecâmaras isola totalmente o ar do leito, que não se mistura à atmosfera dos corredores", afirma Yana.
Além do aparato tecnológico, a Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Sírio-Libanês conta com 16 leitos de internação e com uma equipe multiprofissional especializada no atendimento de pacientes onco-hematológicos.