A 1ª Semana de Ética e Compliance da Beneficência Portuguesa de São Paulo - BP, teve um evento especial destinado aos fornecedores da instituição que lá estavam representados por executivos da alta direção. O encontro foi aberto pela gerente executiva de Auditoria e Controles Internos da instituição, Florence Monteiro, lembrando que a BP tem Código de Conduta há oito anos - relançado em abril do ano passado com um Canal Confidencial com atendimento telefônico, caixa postal, e-mail e administrado por uma empresa independente. Recentemente a BP lançou a Política de Ética Corporativa.
Uma pesquisa de resultado imediato, realizada no início da participação, mostrou que 92% dos fornecedores presentes no evento possuem Código de Ética em suas empresas e que 97% consideram a companhia onde trabalham ética. Porém, a porcentagem caiu pela metade quando avaliaram a reputação da concorrência.
A primeira palestrante do evento foi a diretora-executiva do Ética Saúde, Claudia Scarpim. Ela apresentou a estrutura de Governança do Ética Saúde e esclareceu a autonomia do Instituto, que hoje tem personalidade jurídica própria e participação ativa de integrantes de diversos segmentos do setor de saúde.
A Diretora ressaltou que as empresas associadas optaram por trabalhar sob um conjunto de regras claras e transparentes - para prevenir e controlar todas as formas de corrupção/suborno -, apresentou os mais recentes números do Canal de Denúncias e informou que, assim como na Beneficência Portuguesa, ele é administrado de forma independente e por uma empresa externa.
Foram palestrantes também, da 1ª Semana de Ética e Compliance da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o presidente da Johnson & Johnson Medical Devices, Márcio Coelho que ressaltou, entre outras coisas, a importância da ética individual dos colaboradores da empresa e o credo da companhia, e o presidente do Conselho de Administração da ANAHP, Francisco Balestrin que informou sobre a dedicação da Associação ao tema ética neste ano que será o tópico central do CONAHP, em novembro. Ao final a CEO da BP, Denise Soares de Souza, mediou um debate que ampliou as discussões sobre Ética e Compliance.
Sobre o Ética Saúde
O Ética Saúde surgiu em junho de 2015 com o Acordo Setorial - Importadores, Distribuidores e Fabricantes de Dispositivos Médicos para autorregular o mercado. Uma iniciativa do Instituto Ethos e da ABRAIDI, logo se tornou um marco na saúde. No início de 2016, o Ética Saúde passou a ter personalidade jurídica e virou um Instituto.
O Instituto Ética Saúde busca garantir a segurança do paciente por meio de uma conduta ética entre paciente e médico em um ambiente de concorrência justa e transparente. Os objetivos consentidos do Instituto Ética Saúde incluem evitar incentivos ilegais ou antiéticos para agentes públicos e privados, prática de atos médicos ilegais ou antiéticos, evasões fiscais, irregularidades regulatórias, concorrência desleal, violação de direitos do consumidor e falsificação.
Este arcabouço será fiscalizado por meio de denúncias anônimas ou identificadas, com apuração justa e realização de um cadastro público positivo, para revelar à sociedade quais empresas atuam efetivamente de forma ética. O Canal de Denúncias é o www.eticasaude.com.br ou o 0800-741-0015 e é administrado de forma independente pela ICTS Protiviti, empresa premiada pela Controladoria Geral da União – CGU como sendo "Pró-Ética", em 2015.
O Instituto Ética Saúde tem a governança formada por uma Assembleia Geral, onde fazem parte todos os associados; um Conselho de Administração, com mandato de dois anos e eleito pela Assembleia Geral; um Conselho Consultivo com representantes de entidades de todos os segmentos do setor de saúde; e o Conselho de Ética, órgão de caráter disciplinar formado por três integrantes, sem qualquer vínculo com o setor de saúde.
São atualmente integrantes do Conselho de Ética: o subprocurador da República, Antônio Fonseca, o presidente do Fórum Nacional Contra Pirataria, Edson Luiz Vismona e o professor da Universidade de São Paulo, Celso de Hildebrand e Grisi. E do Conselho Consultivo: além do Ethos e ABRAIDI, a Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde – ABIIS, Associação Brasileira de Auditores em Saúde – AUDIF, Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde – ABIMED, Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo - FEHOSP, Associação Nacional de Hospitais Privados – ANAHP, Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios – ABIMO e Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – SBHCI.