A Santa Casa de Curitiba e o Hospital Israelita Albert Einstein estão trabalhando em conjunto no projeto ‘Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil’, lançado em dezembro de 2017 pelo Ministério da Saúde para disseminar as boas práticas assistenciais dos hospitais de excelência do país.
Ao todo, foram selecionados 120 hospitais brasileiros credenciados ao SUS para integrar o projeto e serem orientados, até 2020, por profissionais de hospitais de excelência na implantação de protocolos assistenciais em unidades de terapia intensiva. Um dos hospitais participantes do projeto é a Santa Casa de Curitiba, que está recebendo orientações do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.
Por meio do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), com a participação do Institute for Healthcare Improvement, todos os hospitais participantes do projeto seguirão os mesmos protocolos e pacotes de intervenções capazes de medir a melhoria contínua dos processos de trabalho nas UTIs.
Com a ação multimodal, o Ministério da Saúde visa reduzir em todo o país 50% do número de infecções relacionadas à assistência à saúde, gerar uma economia de R$ 1,2 bilhão em despesas hospitalares e salvar mais de 8.500 vidas.
Equipe do Einstein realiza primeira visita à Santa Casa
Para conferir o primeiro ciclo de implantação das ações, duas profissionais do Albert Einstein estiveram pela primeira vez na Santa Casa durante esta semana e visitaram a UTI cardiológica, onde o projeto está sendo implantado. A fisioterapeuta, Cilene Saghabi, e a enfermeira de projetos estratégicos, Thais Felix, analisaram os relatórios e os indicadores assistenciais na unidade e avaliaram os procedimentos adotados pela equipe multiprofissional.
Para a enfermeira do serviço de controle de infecção da Santa Casa, e que está à frente do projeto no hospital, Haline Pasinotto, um dos resultados mais expressivos foi a taxa de adesão ao protocolo de prevenção de pneumonia associação à ventilação mecânica (PAV), que chegou à marca de 95%.
Outro resultado positivo observado até o momento foi o índice de infecção relacionada à assistência, que, em média, caiu de 2,7% para 1,9% em comparação ao ano anterior. “Muitos protocolos já eram adotados no hospital, mas com o início do projeto pudemos observar várias oportunidades de melhoria, adaptando alguns critérios à nossa realidade. Além disso, os profissionais da unidade ficaram mais engajados, acompanhando os resultados e percebendo que cada pequena ação faz diferença para garantir o melhor atendimento aos pacientes”, completa a enfermeira.
Para atingir os resultados esperados, um grupo de trabalho multiprofissional está definindo novas ações a serem implantadas em curto, médio e longo prazo, incluindo a participação dos familiares no processo terapêutico do paciente. A partir de agora, a equipe do Albert Einstein visitará o hospital com frequência e acompanhará o andamento das ações.