A prova, que inclui exame escrito, oral, de habilidades além de comprovações de que o candidato está capacitado a fazer exame clínico e de que tem preparação até mesmo para dar da melhor forma possível uma notícia negativa para um paciente, como por exemplo que é inevitável uma amputação, é considerada uma das mais completas do Brasil e tem servido de modelo para sociedades de outras especialidades médicas.
O presidente da Comissão de Ensino e Treinamento, Alexandre Fogaça Cristante, que organiza a prova, conta que 763 candidatos compareceram ao exame. O índice de aprovação foi de 75,2%, o que comprova que os médicos estão sendo bem preparados pelos vários serviços credenciados pela SBOT. São esses centros que habilitam o médico a se candidatar ao título de especialista.
Como examinadores, Fogaça contou com 430 ortopedistas e traumatologistas experientes, grande parte dos quais professores de universidades que, como voluntários, testaram os candidatos.
“Os ortopedistas titulados que a SBOT oferece à sociedade brasileira estão altamente capacitados”, garante o presidente da instituição, Luiz Antonio Munhoz da Cunha, e não há falta de profissionais da especialidade no Brasil.
Munhoz lembra, porém, que para o atendimento dos problemas ortopédicos, que se multiplicam devido aos acidentes de trânsito, à violência e ao envelhecimento da população, não basta o profissional, mas há necessidade de infraestrutura adequada, hospitais bem equipados, material cirúrgico de qualidade, UTIs e também recursos financeiros.
“Muitos dos insumos usados nas cirurgias são importados e caros”, conta. É por isso que a SBOT defende a multiplicação e melhor distribuição de hospitais devidamente equipados, pois por mais preparado que seja um ortopedista, não poderá atender devidamente a um paciente se estiver numa cidade onde não conta com e infraestrutura necessária.