Mais de 5.400 empregados do setor realizaram alguma atividade voluntária no Brasil em 2015. Percentual está acima da média nacional, de 11%
O Relatório de Responsabilidade Social da INTERFARMA mostra que a prática de trabalhos voluntários promovida pela indústria farmacêutica supera a média do país. Enquanto apenas 11% da força de trabalho nacional se dedica ao voluntariado, o percentual chega a 20% nas farmacêuticas.
A INTERFARMA constatou que 5.421 funcionários exerceram alguma atividade voluntária em 2015. As indústrias (43%) também realizaram doações de vacinas e medicamentos para ONGs e postos de saúde. Em outras ações, as farmacêuticas (43%) doaram alimentos, brinquedos, computadores, roupas e outros produtos.
Os dados foram compilados pelo relatório referente ao ano de 2015, com informações sobre 28 das 56 indústrias associadas à INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
Ações triplicaram
No total, as participantes do relatório investiram R$ 38 milhões em ações socioambientais, sendo R$ 4 milhões dedicados exclusivamente ao meio ambiente. Foram realizadas 2.148 iniciativas de responsabilidade social em 2014, número três vezes maior que o ano anterior.
Metade das participantes é de grande porte, com mais de mil funcionários. Cerca de 30% responde pela faixa entre 201 e mil colaboradores, enquanto o restante tem até 200 empregados. Juntas, as farmacêuticas empregam quase 27 mil pessoas. Todas as empresas têm sede no Brasil, sendo que 86% estão em São Paulo e 14%, no Rio de Janeiro.
“Em 2015, aderimos ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) – a maior iniciativa de responsabilidade corporativa do mundo. Isso sinaliza o compromisso das empresas de apoiar e aplicar, em suas esferas de influência, um conjunto de 10 princípios relacionados a quatro áreas fundamentais: direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção”, afirma Maria José Delgado Fagundes, diretora da INTERFARMA e responsável pelo relatório.
Mais acesso
Um dos maiores desafios do setor no país é aumentar o acesso da população às terapias que precisa. Estima-se que metade dos brasileiros não consiga arcar com os custos de seus tratamentos, sendo que 75% deles dependam exclusivamente dos próprios recursos.
Diante disso, a indústria farmacêutica concentrou esforços em programas de acesso à população de baixa renda, em iniciativas para auxiliar as autoridades federais, estaduais e municipais na gestão dos recursos de assistência farmacêutica, além de campanhas de prevenção e conscientização ligadas ao tema. As iniciativas beneficiaram diretamente 10,2 milhões de pessoas.
Meio ambiente
No segmento ambiental, as farmacêuticas (82%) informaram possuir programas de gestão ambiental, com ferramentas para controlar e adequar as suas atividades. Cerca de R$ 4 milhões foram investidos no ano em processos e programas de gestão ambiental. A maioria (75%) das empresas estabeleceu metas específicas para os seus sistemas.
As ações para aumentar a eficiência ambiental tiveram como foco principal a redução do consumo de água (68%) e da geração de resíduos (57%). Os gastos com energia também estiveram em evidência (54%), assim como a redução dos gases causadores do efeito estufa (39%). Atualmente, o monitoramento da emissão de gases é feito por 64% das farmacêuticas.
O relatório completo está disponível no site da Interfarma. (http://www.interfarma.org.br/index.php)
Sobre a Interfarma
Fundada em 1990, a Interfarma possui 56 laboratórios associados, que hoje são responsáveis pela venda de 82% dos medicamentos de referência do mercado e por 33% dos genéricos. Além disso, as empresas associadas respondem por 43% da produção dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) do mercado brasileiro e por 52% dos medicamentos tarjados (50% do total do mercado de varejo).