O novo método é três vezes mais específico e minucioso do que o PSA isolado, porque une três testes em um, além de propiciar uma redução na realização de biópsias. O p2PSA mede a concentração de [-2]pró-PSA no soro e permite alcançar resultados personalizados fornecidos com avaliação de risco individual para câncer de próstata.
“O p2PSA garante, em questão de segundos, o que chamamos de maior especificidade para câncer. Além de ser bastante rápido e indolor, já que é um exame de sangue simples, o novo teste é uma fração do PSA, que só vai constar alterado no resultado se, realmente, o paciente estiver com câncer. Com certeza representa um diagnóstico diferenciado, sem as fraquezas do PSA”, avalia o Prof. Dr. Adagmar Andriolo, médico patologista clínico, Chefe da Disciplina de Medicina Laboratorial da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial.
De acordo com o especialista, quando as medições de p2PSA são combinadas com os testes Beckman Coulter PSA e PSA livre, o índice resultante demonstra uma melhora significativa na especificidade clínica para detecção do câncer de próstata, em relação ao PSA isolado em homens com 50 anos de idade ou mais. “Os médicos terão dados mais detalhados para o diagnóstico correto e, por outro lado, o paciente se sente tranquilo ao realizar o p2PSA por não ser um exame invasivo e tem a segurança de um diagnóstico rápido e preciso”, comenta.
Já em processo de comercialização no mercado brasileiro em alguns serviços laboratoriais, o p2PSA deve elevar o Brasil para o mesmo nível de países que já fazem uso de testes com a tecnologia semelhante, como Estados Unidos, Porto Rico, Áustria, França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e Holanda.
Câncer de próstata e suas estatísticas
Segundo o Inca, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais afeta os homens, e por isso é de suma necessidade fazer os exames adequados que permitem detectar rapidamente a doença em estágio inicial.
Segundo a sociedade médica, recomenda-se a visita ao urologista logo após a primeira relação sexual. Além disso, é aconselhável que homens a partir dos 40 anos, com histórico familiar em primeiro grau (pai, irmãos, tios e avôs), passem a investigar a próstata com os exames preventivos anualmente e, já os homens sem casos na família, o acompanhamento deve iniciar entre os 45 e 50 anos ou conforme orientação do médico.