O câncer colorretal, que inclui tumores em uma parte do intestino grosso (o cólon) e do reto, é o terceiro tipo de neoplasia mais comum entre os homens e o segundo entre as mulheres. De acordo com o Ministério da Saúde, foram mais de 30 mil casos em 2012, sendo 47% em homens e 53% em mulheres. Esse tipo de câncer é o segundo mais fatal nos Estados Unidos, onde, a cada ano, causa a morte de cerca de 60 mil pessoas.
De acordo com o médico Iugiro Kuroki, da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), o câncer colorretal é considerado de bom prognóstico se a doença for identificada em estágio inicial. E uma técnica que tem ajudado no diagnóstico precoce é a colonoscopia virtual.
O especialista explica que o sistema utiliza scanner com diversos detectores que permitem verificar a localização dos pólipos (lesões). O exame é mais simples e rápido que a colonoscopia normal. “O procedimento é feito por tomografia computadorizada. Além de ser um método não invasivo, pode ser utilizado para rastreio de lesões do intestino grosso e também nos casos em que o exame tradicional não pode ser realizado ou foi incompleto”, afirma.
Segundo o médico, o exame tradicional é um procedimento mais invasivo e, por isso, muitos pacientes não se submetem ao teste. “Nos Estados Unidos, um estudo mostrou que mais de 33% das pessoas indicadas para fazer a colonoscopia não realizam o procedimento por apreensão. Por isso a colonoscopia virtual surgiu como uma grande aliada na prevenção do câncer do cólon e de reto, pois dispensa o uso do aparelho de colonoscopia, sendo apenas necessária a distensão do intestino com ar”, reforça.
Sobre a doença
O médico descreve que a maioria dos tumores se origina de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. “Caso sejam detectados, os pólipos devem ser removidos antes de se tornarem malignos”, esclarece Iugiro.
A prevenção só é possível por meio de exames de rotina. Segundo o especialista, a colonoscopia deve ser realizada por homens e mulheres a partir dos 50 anos nos casos em que o paciente não pertença a nenhum grupo de risco, como histórico desse tipo de câncer na família. “Nos demais casos, é necessário que o paciente faça um acompanhamento médico e realize exames em uma idade mais precoce”, aconselha.