A FARMÁCIA CLÍNICA “e uma ciência da saúde, cuja responsabilidade é assegurar, mediante aplicação de conhecimentos e funções relacionadas com o cuidado do paciente, que o uso dos medicamentos seja seguro e apropriado (uso
racional), e que necessita de uma educação especializada e/ou treinamento estruturado. Requer que a coleta e interpretação de dados seja criteriosa, que exista motivação pelo paciente e que existam interações multiprofissionais”.
Pautados dentro desta definição, precisamos sempre lembrar que existe a
A Política Nacional de Medicamentos que tem como meta o uso racional de
medicamentos que é um processo complexo definido pela Organização
Mundial da Saúde como a prescrição correta do medicamento,
disponibilidade a preço acessível, distribuído, dispensado e
administrado corretamente, deve ser eficaz, de qualidade e inócuo.
Atingir um resultado ideal depende de várias etapas desde a fabricação
do medicamento até a administração ao paciente.
Vale lembrar também que a Assistência Farmacêutica pode ser considerada como uma das áreas mais importantes da saúde, pois a falta de medicamentos compromete os resultados dos tratamentos e a qualidade do atendimento, ocasionando internações desnecessárias onerando todo o sistema.
“ A Assistência Farmacêutica pode ser considerada então como uma das áreas
mais importantes da saúde, pois a falta de medicamentos compromete os
resultados dos tratamentos e a qualidade do atendimento, ocasionando
internações desnecessárias onerando todo o sistema.”.
Dentro deste enfoque clínico, com embasamento nas legislações vigentes, um grupo de farmacêuticos cria um serviço de grande importância para a saúde pública do estado de São Paulo.
Em 07 de junho de 2010, com o apoio total dos Diretores Prof. Dr. Luiz Henrique Gebrim e Dr. André Luiz Malavasi Oliveira, fica instituída a “Coordenação de Farmácia Clínica” do Centro de Referência da Saúde da Mulher (Hospital Pérola Bayngtom); Coordenado pelo Dr. Rodrigo Bernardino e constituída pelos farmacêuticos: Dr. Cesar augusto de Lábio, Dra. Débora Ribeiro, Dra Luciane Anacleto e Dr. Rildo José.
O que é Farmácia Clínica?
A farmácia no início do século XX estava associada à figura do
boticário, que preparava e comercializava produtos medicinais. Este
papel começou a ser alterado quando a preparação de medicamentos passou a ser desempenhada gradualmente pela indústria farmacêutica, a partir da Segunda Guerra Mundial. Esse fato levou a um descompasso entre a formação do profissional e as ações demandadas pela sociedade, gerando uma frustração em alguns profissionais, pois os conhecimentos adquiridos na graduação já não eram mais aplicados de forma permanente na prática diária e acabavam se perdendo. Como conseqüência, os farmacêuticos, que atuavam na área assistencial,
começaram a converter-se em meros dispensadores de produtos fabricados
distanciando-se da equipe de saúde e do paciente.
As inquietudes, geradas pela situação acima descrita, levaram ao
nascimento, na década de 1960, de um movimento profissional que,
questionando sua formação e atitudes, determinou como poderiam ser
corrigidos os problemas que estavam sendo detectados. Assim, líderes
profissionais e educadores norte-americanos passaram a discutir o
conceito de “orientação ao paciente” que levou a criação do termo
farmácia clínica, compreendida como uma atividade que permitiria
novamente aos farmacêuticos participar da equipe de saúde,
contribuindo com seus conhecimentos para melhorar o cuidado.
A partir de 1960 foram formulados vários conceitos para farmácia
clínica, como, farmácia orientada de forma equivalente ao medicamento
e ao indivíduo que o recebe, farmácia realizada ao lado do paciente,
entre outros.
Os conceitos de Farmácia Clínica foram sendo paulatinamente difundidos
e incorporados pela profissão farmacêutica no mundo todo. No Brasil, o
grande interesse pelo tema se deu na década de 80, em especial na área
hospitalar, onde esta prática desenvolveu-se com mais força. Por esta
razão, ainda hoje, existe a