faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Santa Celina investe R$ 2,7 mi em sistema para terceira idade

Empresa de homecare cria sistema de apoio para aprimorar a entrada do paciente e seguir rumo à gestão integrada de saúde

Hoje em dia as pessoas vivem muito mais que antigamente. Em 1980, segundo o IBGE, a idade média era 62 anos. A referência, hoje, para o mercado nacional de seguros de vida e previdência é de, em média, 86 anos para o homem brasileiro e 89 anos para a mulher. Foi pensando em oferecer à população com mais de 65 anos um atendimento focado na preservação da autonomia e da independência, a partir de ações preventivas de saúde, que o Grupo Santa Celina desenvolveu, há três anos, o projeto VIVA - Vida Idosa = Vida Ativa. 



LEIA MAIS
Conheça as instituições Referências da Saúde 2014

  
“A saúde no Brasil ainda tem a oferta escassa. O avanço da população idosa somado ao crescimento da expectativa de vida colabora para o aumento dos gastos com saúde e, consequentemente, vem fazendo com que os recursos limitados do setor se tornem cada vez mais difíceis”, diz a diretora executiva do Santa Celina, Ana Elisa Alvares Corrêa de Siqueira.

O modelo de saúde do Canadá e dos Estados Unidos, que tem o atendimento à população da terceira idade baseada na coordenação de cuidados de uma equipe multidisciplinar, foi a inspiração para o VIVA. Com investimentos de R$ 2,7 milhões, o Santa Celina criou sistemas de apoio para aprimorar a entrada do paciente e dar mais um passo rumo à Gestão Integrada de Saúde (GIS). Basicamente, a ideia é identificar a necessidade de algum tratamento preventivo.


O sistema de monitoramento foi customizado para receber uma outra porta de entrada para os pacientes do projeto VIVA. Nesta etapa, a ferramenta aplica um questionário que classifica o grupo com idade acima de 65 anos em quatro escalas diferentes de risco. O prontuário eletrônico também foi adaptado para inserção de novos campos. Com isso, a ferramenta é capaz de avaliar necessidades, melhorar o uso dos recursos e dimensionar o grau de morbidade, ou seja, risco do paciente internar no hospital.


Além do investimento em tecnologia, o grupo contratou
equipes multidisciplinares, que foram treinadas e acompanhadas por geriatras, e passou a acompanhar essa carteira em parceria com uma empresa de atuários. “O programa visa melhorar a qualidade de vida dos usuários através da manutenção da sua independência, reduzindo a curva acentuada do declínio funcional de seus participantes”, ressalta Ana Elisa.


Outra parte do projeto é o portal para a terceira idade, o Viva Sênior, com dicas de saúde e de lazer, focado na
promoção da autonomia da terceira idade. Atualmente disponível para São Paulo e Rio de Janeiro, Ana Elisa conta que a intenção é expandir para Belo Horizonte, Curitiba e Brasília ainda este ano e não descarta outros lugares em breve.


Os treinamentos de todos os profissionais envolvidos estão cada vez mais acentuados. Segundo a diretora, a intenção é inovar e trazer novas tecnologias ao projeto. A última delas foi a criação do aplicativo Mobile Health, voltado para a prevenção. “A ideia é popularizar esse aplicativo para a terceira idade, embora saibamos que o maior acesso ainda não é feito por iphone ou ipad, eles preferem portal”, conta. 


Por enquanto, dos 37 clientes que a empresa atende - entre operadoras, seguradoras e cooperativas -, somente seis adotaram o modelo do VIVA. “O objetivo é fazer a Gestão Integrada de Saúde mesmo. Hoje faço várias partes mas não necessariamente consigo integrar tudo. 


Os clientes ainda não conseguem enxergar isso como um benefício”, diz Ana Elisa. Para conquistar esse objetivo, além de divulgação, a diretora aposta em novas integrações para popularizar o programa. Um próximo passo pode ser a criação de um hospital de transição, que não é nem um homecare, nem um hospital eletivo. “É até uma área carente de atendimento, um hospital que atenda crônicos e faça essa transição de cuidados para que o paciente vá para casa e não interne mais”, vislumbra.


*Essa reportagem faz parta da revista Saúde Business (dez/14), que traz o estudo completo “Referências da Saúde 2014”, CLIQUE AQUI