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Saúde impulsiona gastos com TI em 2015

Gartner aponta que o Brasil vai gastar mais em TI do que média global; e algumas indústrias fortalecem essa tendência

Mesmo com a desaceleração econômica, as expectativas do Gartner apontam que 2015 será um ano melhor para a TI no Brasil. A empresa de consultoria e pesquisa prevê uma evolução de 5,7% nos gastos no próximo ano, que devem saltar de US$ 118,5 bilhões, em 2014, para US$ 125,3 bilhões.

Em comparação, a média de crescimento global dos gastos em TI deve chegar em 1% no período.
O Gartner também presume acréscimo no orçamento de TI de 5% a 7% no País para o próximo ano, número relativamente superior à média mundial, que deve ficar em 1%, de acordo com projeções divulgadas nesta terça-feira (28/10), durante o Gartner Symposium/ITxpo 2014.

Aumento de competitividade
“Mesmo que nossa economia não evolua tanto, com projeção de crescimento de 0,5%, as empresas brasileiras terão de investir em TI para aumentar a competitividade inclusive globalmente”, contextualizou o vice-presidente de pesquisas do Gartner Cassio Dreufuss.

Dessa forma, temos áreas como bancos e sistema financeiros e seguradoras como as que mais gastam com tecnologia. Contudo, outras indústrias passaram a considerar a importância desses investimentos, como educação, saúde e agronegócios, que chamam atenção não pelo volume, e sim pela velocidade de adoção.

Áreas como software, serviços e dados móveis terão crescimento de dois dígitos, impulsionadas especialmente pelas indústrias financeira, manufatura, recursos naturais e consumo, segundo o Gartner. Serviços em TI devem vivenciar o maior crescimento no Brasil, de modo que os gastos chegarão a US$ 21,5 bilhões no próximo ano, aumento de 13,7% sobre 2014. Em seguida, data center terá incremento de 7% no próximo ano, atingindo US$ 3 bilhões.

Já os gastos com serviços de telecom serão de US$ 75,9 bilhões, crescimento de 4,2% sobre 2014. Em software, devem alcançar US$ 5,7 bilhões em 2015, avanço de 3,7%. Por fim, gastos de dispositivos (PCs, tablets, celulares e impressoras) devem totalizar US$ 19,1 bilhões, aumento de 1% em relação a 2014.

Cenário
Como lembra Cassio Dreyfuss, o Brasil hoje mantém uma posição de destaque no mercado de tecnologia da América Latina, atrás apenas do México, o que resulta em um avanço significativo na adoção de tecnologias em relação aos países desenvolvidos. “Há 16 anos, a defasagem na adoção chegava de três a quatro anos, e esse gap diminuiu muito por conta disponibilidade das tecnologias aqui, já que os lançamentos são feitos simultaneamente”, pontou durante coletiva de imprensa para divulgação dos dados.

Mesmo assim, a grande barreira para adoção ainda é o custo, seja em hardware, software e serviços, destaca o analista, pontuando também esforços de entidades, como a bandeira levantada pela Brasscom para redução nos impostos sobre serviço. De qualquer maneira, ele reconhece que a participação da TI no orçamento tem crescido e os empresários reconhecem que esses investimentos devem ser feitos.