Em torno de 500 laboratórios, 60 mil drogarias e 7 mil hospitais e clínicas terão que se adaptar ao novo Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, determinado pela Anvisa em 2013 que torna obrigatório o rastreamento de toda a cadeia produtiva de medicações - da recepção da matéria prima à entrega do produto final. Para atender esta demanda, a Regency IT Consulting, consultoria de TI, gestão de projetos e Cloud Computing, firmou uma parceria com a norte-americana Q Data a fim de avaliar, planejar e implementar localmente a tecnologia SAP GBT (Global Batch Traceability). A meta é fechar um mínimo de cinco contratos de grande porte no Brasil no primeiro ano de vigência da parceria.
A solução promove o rastreamento de produtos de ponta a ponta da cadeia de suprimentos, entregando ao sistema de gestão dados sobre as ações e incidentes relativos a fabricação, armazenamento, transporte, distribuição e venda dos produtos.
De acordo com comunicado da empresa, a tecnologia é Integrada ao SAP e expande os recursos de TM (Transport Management) e EM (Event Management) do ERP, para que os usuários tenham visibilidade completa de todos os processos relacionados a SCM (Supply Chain Management). Além disso, permite que o usuário consiga se adequar à nova norma da Anvisa, obedecendo aos critérios de monitoramento de dados como número de identificação de cada medicamento, lote, validade e número serial por meio de código Data Matrix - padrão de rastreamento da Associação Brasileira de Automação.
Se você sabe, por exemplo, que em determinada região a carga costuma ser interrompida por um determinado motivo, poderá ajustar-se à exigência pontual. Se você sabe que X vezes uma carga liberada em certa data sofreu atraso, poderá replanejar o cronograma para evitar a reincidência e eliminar o descumprimento de prazos. As aplicações são vastas, depende de cada player usar os dados de acordo com suas demandas, afirmou o sócio-diretor da Q Data e especialista em SAP Event Management, Kevin Wilson, em comunicado.
Para se adaptar ao DSCSA (Drug Supply Chain Security Act), padrão definido pela FDA (U.S. Food and Drug Administration) para controle da cadeia produtiva e que vem entrando em vigor gradativamente, de acordo com o setor de atuação do fornecedor, desde fevereiro deste ano, a tecnologia também pode ser utilizada para empresas que trabalham com o mercado norte-americano de medicamentos.
Outra vantagem de se rastrear os medicamentos deve-se ao fato de ampliar a possibilidade de detecção e combate à falsificação ao longo da cadeia de suprimento, evitando que lotes falsos sejam incorporados à esteira de fornecimento legítimo e, em última instância, protegendo as marcas e fornecedores originais de prejuízos financeiros e contra sua idoneidade.