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Padronização de dados e qualidade na saúde

A falta de padronização de procedimentos médicos na saúde tem por consequência desfechos ruins. Tanto do ponto de vista de controle de custos operacionais como de outros resultados mensuráveis.

“A situação que vemos na saúde é as pessoas aderindo de forma desigual às padronizações e por isso temos grandes desvios de qualidade quando não se trabalha com evidências”, diz Martin Kopp, Líder Global da SAP para área da healthcare. Seguir protocolos definitivamente ajuda na qualidade.

Em nível global vemos uma tendência de saúde baseada em valor, mas ainda não encontramos o balanço ideal envolvendo desfechos clínicos e custos. A realidade é que ao longo do tempo os custos aumentam, porém isso não é refletido em melhorias de desfecho. Não há como sobreviver desta forma.

Em um serviço de saúde é preciso garantir que todo o processo seja mensurado, não apenas o final dele. Principalmente do ponto de vista clínico, de assistência. O foco precisa ser em garantir que se empreguem procedimentos que melhorarão os desfechos e a qualidade percebida pelo paciente enquanto os custos são reduzidos. Um exemplo muito básico de saúde baseada em valor é que se dê a droga certa, na dose certa, para o paciente certo na hora certa. Isso reduz custos, aumenta a qualidade assistencial e experiência.

O futuro é que isso guie as equipes, em vez da mentalidade de pagamento por serviço. “Queremos dizer ‘este paciente estava com dor e agora não está mais’ ou ‘agora o paciente consegue andar’, porque no final do dia o que importa é como o paciente se sente e não como o hospital se sente”, complementa Martin.

A forma de medirmos qualidade hoje é basicamente dizendo se o paciente sobreviveu ou não, ou se ele teve uma reinternação após sua alta. Mas temos muito mais que acompanhar que somente isto.

Para as empresas retirarem dados de silos e integrá-los, tendo assim uma visão clara de todos procedimentos envolvidos, não é uma tarefa simples. Os problemas que temos com dados são basicamente os mesmos em todos os locais do mundo: eles não são padronizados e não são precisos.

Fica difícil conectar os pontos e criar uma linha que forneça provas sobre as intervenções que funcionam melhor para determinados tipos de pacientes em determinadas circunstâncias. Especialmente porque os sistemas de informação no passado focavam mais na conta final do paciente que em sua história clínica, não conseguindo assim ajudar a equipe assistencial a fazer seu trabalho. A digitalização ajuda tremendamente neste ponto. Cada vez mais temos a equipe multidisciplinar tendo ferramentas para registrar seus esforços, documentando desfechos.

A comunicação fica ainda mais facilitada se pensarmos em FHIR – Fast Healthcare Interoperability Resources – que nada mais são que recursos que ajudam a resolver problemas de segurança na transferência de dados clínicos e administrativos. Com eles poderemos abrir estes silos de informações em diversos subsistemas e conectá-los criando padrões. Uma história completa e precisa do paciente.

A partir daí podemos contar com a IA e outras tecnologias, que entrarão no lugar de tarefas repetitivas, aliviando o volume destas atividades da equipe de saúde permitindo que eles foquem no paciente: tanto na tomada de decisão como na comunicação.

Para acompanhar se os pacientes estão satisfeitos ou não com o serviço, é necessário pesquisar. Do momento que ele entrou no serviço, durante e após. Desta forma, há aproximação do paciente, permitindo verificar tendências e fazer análises de sua experiência.

O diferencial da SAP neste contexto é a velocidade com que podem entregar soluções tecnológicas. “Temos atualmente mais de 7.900 clientes globalmente. Nenhuma outra empresa tem um alcance tão grande assim”, diz Martin e completa “desenvolvemos plataformas, AI, blockchain, todas estas tecnologias importantes e nós usamos isto para 25 diferentes indústrias, podendo dar o diferencial à saúde em contextos específicos.”