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O que está levando a geração millenium para a tecnologia de saúde?

Dado que os jovens talentos podem estar trabalhando em outras indústrias, por que escolher ser um empreendedor de tecnologia de saúde?

Se você colocar no Google o termo ''geração millenium'', você verá que o recurso de autocompletar irá te dar sugestões como ''mimados'', ''preguiçosos'' ou ''sem foco''.

Porém, a fundadora do MIT Hacking Medicine, Judy Wang, discorda. Em uma coluna para o site do MIT, ela conta que muitas startups formadas do MIT Hacking Medicine foram lançadas por empreendedores com menos de 35 anos.

Dado que os jovens talentos podem estar trabalhando em outras indústrias, por que escolher ser um empreendedor de tecnologia de saúde? Wang fez essa pergunta para alguns empreendedores de Boston.

''Depois da escola, eu quis explorar minhas opções, mas a maioria delas tinham a ver com negócios ou consultoria em geral'', disse a engenheira Liz Asai, 22 anos, cofundadora e CEO da empresa de teledermatologia 3Derm. ''Para muitos estudantes de faculdade, Wall Street é uma rota 'segura'. Com o empreendedorismo, você está fazendo algo novo e excitante''.

Asai e seu cofundador, Elliot Swart, estavam no segundo ano da faculdade quando exploraram a possibilidade de desenvolver um protótipo cirúrgico 3D que pode acessar as propriedades táteis do tecido sem cirurgia exploratória. Eles começaram a buscar como a tecnologia de saúde 3D pode ser usada na dermatologia, para assim entrar no mercado competitivo de inovações de primeiros socorros. Eles acabaram ganhando um prêmio de tecnologia de saúde de 100 mil dólares.

''Nós achávamos que estávamos milionários'', ri Asai. ''Nós não estávamos mais só brincando no laboratório''.

Outros jovens empreendedores de tecnologia de saúde reportaram motivações similares: o segmento é desafiador e empolgante, com um potencial de impactar uma larga audiência.

''Em uma perspectiva de escala, a saúde é o maior problema de muitas pessoas'', disse Cole Boskey, 27 anos, cofundador do Wellable, que usa tecnologia do consumidor para ajudar funcionários a serem proativos em relação a sua saúde. ''Eu não consigo pensar em outro espaço que seja tão complicado e desafiador: como as pessoas pensam sobre e administram sua saúde''.

''No começo, era só um desejo de se divertir – muitas pessoas realmente inteligentes estão em hackatons e interessadas em tecnologia de saúde'', disse Crystal Law, 29 anos, cofundadora e CEO do Twiage, que aproveita dispositivos móveis para dar informações atualizadas dos paramédicos para médicos de pronto-socorro.

Twiage é uma das muitas startups focadas em problemas não resolvidos que pacientes, médicos e consumidores experimentam durante o cotidiano. A companhia começou no ano passado, no hackaton H@cking Medicine, do Brigham and Women’s Hospital, com o objetivo de facilitar os processos de comunicação clínica.

LeanBox, uma empresa de serviços alimentares, surgiu quando seu cofundador e CEO Shea Coakley percebeu a dificuldade em torno de encontrar alimentos saudáveis e acessíveis perto do seu trabalho. ''Isso é um grande problema'', diz Coakley, 30 anos. ''Como conseguimos este pedaço de comida saudável, que também é um pedaço de um problema maior de saúde?''

Enquanto todos os empreendedores de tecnologia de saúde encontram barreiras enquanto fundam seus negócios, os jovens empresários enfrentam outro problema: a idade.

''Muitas pessoas não confiam em empreendedores jovens nesse segmento, mesmo que pessoas novas tenham mudado outros setores tecnológicos'', observa Asai. Ela aponta que o Facebook, Google e Uber foram criados por empreendedores jovens e não pareciam receber tanto controle quanto as empresas de tecnologia de saúde enfrentam.

Crystal Law concorda. ''Nos deparamos com mais ceticismo porque somos jovens e estamos tentando implementar mudanças com pessoas que algumas vezes gostam das coisas como estão'', conta.

Boskey sente que a sua idade não é um problema, pois permitiu que ele se comprometesse em construir o Wellable em tempo integral e assumir riscos maiores. ''Se você é mais velho, você pode ter mais contatos e ser mais bem-sucedido rápido, mas eu não vejo isso como uma barreira. Existem muitos recursos para ajudar os jovens empresários''.

Enquanto Boston possui um ecossistema que apoia statups e saúde está pronta para uma inovação disruptiva, os quatro jovens empreendedores sabem que o segmento se move de forma relativamente lenta.

''Não é o tipo de startup que você pode criar em dois anos'', alerta Asai. ''Mas vale a pena. Mesmo pequenas mudanças podem resultar em um grande impacto''.

Apesar dos desafios, os quatro empreendedores de tecnologia de saúde veem possibilidades animadoras. ''Essa é a melhor parte da inovação disruptiva. Diversas startups de saúde estão inovando em áreas onde companhias maiores podem não ter a oportunidade'', diz Boskey.

Ao mesmo tempo, ele adiciona: ''Ver empresas como Samsung, Apple e Adidas entrando no universo da tecnologia de saúde é um ganho enorme para nós. Eu estou animado com a habilidade que eles têm de educar consumidores e fazer a tecnologia de saúde mais comum''.

O que anima ele ainda mais é o número crescente de empreendedores que têm paixão pela tecnologia de saúde e querem fazer a diferença. ''Saúde é um dos jeitos mais óbvios e diretos que você pode fazer isso. Você consegue criar um efeito tangível na vida do seu consumidor''.

A tecnologia em saúde é um dos grandes temas do HIS – Hospital Innovation Show de 2016. Não deixe de ver nosso congresso especial para CIOs.

Serviço:

Hospital Innovation Show

Datas: 27 e 28 de setembro

Local: São Paulo Expo

Rodovia dos Imigrantes, s/n – Vila Água Funda

Este artigo foi adaptado do site MIT