*Matéria originalmente publicada em 06/08/2014.
O Prontuário Eletrônico (PEP) é parte fundamental de uma clínica moderna. Você já deve ter escutado essa frase antes, mas também já deve ter sentido na pele a dificuldade para escolher o ideal, já que a maioria entrega as mesmas funcionalidades, são bonitos e funcionais. Mas afinal, qual é o melhor?
Para responder essa pergunta a Medscape fez uma pesquisa com mais de 18.500 médicos, onde 83% afirmou utilizar algum tipo de prontuário eletrônico (PEP), 4% está em fase de implementação e 13% não utiliza. Vale lembrar que segundo a Accenture esse é um mercado de $22.3 bilhões de dólares em 2015, onde as Américas representam quase 50% desse faturamento.
Embora o prontuário mais utilizado seja o Epic (23%) – que recentemente fez uma parceria com a Apple – foi o VA-CPRS que recebeu a coroa de melhor prontuário eletrônico (PEP) nos EUA.
O VA-CPRS (VA Computerized Patient Record System, também conhecido como VistA) é gratuito e possui uma versão para o cliente final, ou seja, médicos e outros profissionais de saúde, chamado OpenVista (vídeo).
Mas se é grátis, como a empresa ganha dinheiro? Com sua instalação e manutenção. Apesar de existirem vídeos que explicam como implementar (vídeo) o prontuário em sua clínica, eventualmente será necessária uma manutenção profissional.
Voltando à pesquisa da Medscape, a Cerner – que acaba de adquirir a Siemens Health IT – ficou em segundo lugar como prontuário mais utilizado (9%). Não pretendo entrar em detalhes de qualidade e usos, mas você pode conferir o relatório na íntegra abaixo, e saber quais os melhores e mais votados prontuários.
Qual o impacto do prontuário eletrônico (PEP) na prática
Segundo os usuários...
- Documentação de casos: 63% melhora / 27% piora
- Coleção de casos: 39% melhora / 9% piora
- Operações clinicas: 34% melhora / 35% piora
- Serviços ao paciente: 32% melhora / 38% piora
Qual impacto na relação médico-paciente?
- Habilidade de responder às demandas do paciente: 35% aumenta / 27% reduz
- Eficiência na gestão e planejamento terapêutico: 33% aumenta / 26% reduz
- Tempo cara-a-cara com o paciente: 10% aumenta / 70% reduz
- Possibilidade de atender mais pacientes: 9% aumenta / 57% reduz
Quais as 3 maiores preocupações?
- 48% Perda de informações por problemas técnicos
- 47% Controle sobre o acesso às informações
- 39% Adequação à HIPAA (Health Insurance Portability and Accountability Act)
Prontuário eletrônico (PEP) local ou na web?
- 36% preferem o prontuário local, em servidor próprio
- 29% preferem o web-based, no servidor do fornecedor
- 34% não sabem dizer
Entre os que não usam, 3 motivos pelos quais evitam?
- 40% acredita que interfere na relação médico-paciente
- 37% não tem condições financeiras
- 32% não acreditam no custo-benefício
Embora muitos ainda acreditem que o uso do prontuário eletrônico (PEP) é coisa de médico jovem, a pesquisa apontou que 56% dos usuários estão na faixa de 46-65 anos, contra 8% que tem 35 anos ou menos. Homens utilizam mais, sendo 65%.
Quanto às especialidades, o atendimento primário responde por 23% do uso, pediatras por 10%, Psiquiatras 7%, Emergências 7%, Ginecologia e Obstetrícia 6%, entre outras.
Confira abaixo o estudo na íntegra e tente escolher o melhor prontuário eletrônico (PEP) para sua prática. Mesmo que alguns estejam disponíveis apenas a nível hospitalar, outros já podem ser consumido pelo profissional independente.