Todos os dias temos que fazer escolhas, para preservar a saúde e promover o bem estar, não é diferente quando falamos em tratar de uma doença. A dúvida sobre o melhor caminho a seguir e as incertezas sobre os resultados podem dificultar o raciocínio e impedir as mudanças necessárias. Ficar imobilizado é uma das piores opções. Mas qual o caminho das pedras? Como fazer a escolha certa? O diálogo com base na informação qualificada permite a reflexão e o compartilhamento para a tomada de decisão.
Os portais da web facilitam muito o acesso às informações, algumas são úteis e fidedignas, muitas são desviadas por interesses que não atendem a promoção da saúde. A informação é sempre necessária para reduzir as dúvidas sobre o tratamento, embora a comunicação com os profissionais de saúde nem sempre possibilite o diálogo para o compartilhamento das informações na escolha da melhor alternativa a seguir.
É mais fácil permitir que o profissional defina o caminho, sem avaliar todas as nossas possibilidades e as reais necessidades. O diálogo com base na informação qualificada permite o engajamento do paciente, a reflexão sobre as alternativas, auxilia na escolha, reduzindo os o risco e melhorando a qualidade da saúde. Menos risco – mais saúde.
A incorporação de novas tecnologias passa não só por informações qualificadas, como também deve ser estruturada por estratégias de educação em saúde, ancorada no diálogo que permita a compreensão da saúde e dos processos de adoecimento no contexto da individualidade, e assim facilitar a participação.
Saúde não se compra como um produto na prateleira, não se ganha, não se dá, não cai do céu. Não basta estar na mão do melhor especialista. Saúde se conquista de forma ativa, depende em grande parte da maneira como os riscos no dia-a-dia são enfrentados e da tomada de decisão compartilhada durante o tratamento.
A consciência crítica busca a compreensão da causalidade; aceita o novo na medida que o entende como válido; esclarece as opções diagnósticas e terapêuticas; participa do atendimento de forma pró-ativa, trazendo os valores e preferências individuais nas decisões que são tomadas sobre a saúde.
É frequente a insatisfação dos pacientes que decorre da precariedade da comunicação e ausência de informação sobre o seu problema de saúde. Número cada vez maior de pacientes espera ter espaço para compartilhar a tomada de decisão, e quer mais informações.
O engajamento do paciente é o futuro do atendimento à saúde, com aplicação de novos processos educativos e rotinas trabalho com a finalidade de melhorar a saúde, a eficiência administrativa, e o custo-efetividade dos sistemas assistenciais.
Contrariamente à opinião popular, o principal problema para oferecer bons cuidados de saúde não é a falta de dinheiro, mas sim o desconhecimento que envolve usualmente o paciente, como também parte dos médicos e demais profissionais da área. A saúde pode ser conquistada pela construção comum das partes envolvidas com base na comunicação e informação qualificadas. Junte-se a esta proposta e inclua o paciente para multiplicar a saúde.