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Insegurança sobre dados pessoais abre oportunidade para blockchain no Brasil

O blockchain desponta atualmente como uma das tecnologias recentes mais promissoras em diversas áreas, incluindo a Saúde. Com processos cada vez mais digitais, o volume de dados gerados a partir das transações em diferentes plataformas atinge patamares exponenciais.

O blockchain desponta atualmente como uma das tecnologias recentes mais promissoras em diversas áreas, incluindo a Saúde. Com processos cada vez mais digitais, o volume de dados gerados a partir das transações em diferentes plataformas atinge patamares exponenciais. Segundo o estudo “Data Never Sleeps”, da consultoria Domo, até 2020, cada ser humano no planeta gerará  1,7 megabytes por segundo e diante dessa previsão, os crimes de vazamento de dados preocupam cada vez mais as empresas.

Embora haja dispositivos legais para proteção de informações pessoais no Brasil - a chamada Lei Geral de Proteção de Dados - a população ainda não se sente confiante o suficiente. De acordo com a sondagem recorrente do Unisys Security Index, 75% dos brasileiros estão preocupados em relação à segurança de seus dado e ataques cibernéticos mesmo com a legislação em vigor.

Em janeiro deste ano, foi descoberta uma brecha no aplicativo E-Saúde, do Sistema Único de Saúde, que permitia com apenas dois dados - data de nascimento e CPF - que qualquer usuário tivesse acesso à informações cadastradas no banco de dados do governo, como lista das consultas marcadas, agendadas e medicamentos retirados fornecidos pelo SUS. À época, o governo admitiu a falha e mudou a forma de cadastro.

A insegurança neste caso não é apenas algo relacionado apenas aos pacientes. Em uma análise conduzida em 2017 pela Black Book Research nos Estados Unidos, 19% dos executivos responsáveis por hospitais estavam considerando adquirir soluções de blockchain para garantir a segurança dos dados dos pacientes.

Outra perspectiva positiva a respeito da ferramenta, constatada no mesmo estudo, diz que 93% dos responsáveis por instituições de cuidados médicos, 70% dos representantes de hospitais e 58% dos profissionais de saúde acreditam que o blockchain se mostra promissor para a interoperabilidade da saúde, um fator fundamental para a transformação digital nesta área.

Embora tenha conquistado a atenção por conta dos investimentos na área financeira, principalmente por com o bitcoin, a tecnologia do blockchain surge como uma alternativa para atender à demanda por segurança, sobretudo diante do cenário brasileiro. É sabido, sim, que para sua implementação, outras tecnologias precisam evoluir em conjunto, sobretudo o prontuário eletrônico e os sistemas de análise de Big Data para armazenamento e processamento das informações.

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