Com o objetivo de trazer melhorias para profissionais e pacientes com tecnologia, sem esquecer da humanização em cada etapa do cuidado, o Hospital 9 de Julho (H9J) investiu cerca de US$ 4,7 milhões na aquisição de novas tecnologias. Além de seu terceiro robô para a realização de cirurgias robóticas, que já chegam a quase 3 mil na instituição, o hospital adquiriu uma plataforma completa de treinamento para esses procedimentos, a qual é inédita na América Latina.
O robô de modelo XI é o terceiro desde 2012, quando o H9J foi a primeira instituição privada a investir nesse tipo de tecnologia e ainda mais moderno que as versões adquiridas anteriormente. “A cirurgia robótica traz diversos benefícios aos pacientes, como redução do risco de complicações e menor tempo de recuperação. Por possuir braços menores, mais finos e flexíveis, o novo equipamento permite uma intervenção cirúrgica ainda menos invasiva. As pinças, por serem menores que as anteriores, se adaptam melhor à abordagem cirúrgica, facilitando o acesso a regiões sensíveis, como a próstata, sem necessidade de mobilizar o paciente, reduzindo o pós-cirúrgico”, analisa Alfonso Migliore, diretor-geral do H9J.
Já o simulador Robotix Mentor e o LapMentor Express, também mais avançado que os anteriores, são utilizados para treinar cirurgiões e seus assistentes ao mesmo tempo. Por meio de programas de exercícios customizados, são sugeridas diferentes tarefas para cada especialidade. Com os dados gerados, a avaliação da proficiência dos alunos é feita por meio de métricas que identificam, a partir dos resultados, se o objetivo foi alcançado.
“O Hospital 9 de Julho é uma das mais importantes instituições de saúde do Brasil tanto pela excelência em alta complexidade e procedimentos minimamente invasivos, como pelo foco em humanização do atendimento na qualidade e segurança dos pacientes”, afirma o diretor. Por isso, segundo ele, a instituição está sempre em busca de novas opções diagnósticas e terapêuticas que oferecem o máximo conforto nos tratamentos realizados.
“Os robôs vieram para ficar no nosso dia a dia, e isso não é diferente no mercado de saúde. Para você ter uma ideia do que esse nosso investimento representa, ainda hoje no Brasil, seis anos depois de nossa primeira aquisição, apenas 41 instituições possuem a tecnologia em um mercado de mais de 6 mil hospitais” completa Migliore. Ainda assim, apesar de trazer muitos benefícios e avanços para a medicina, é preciso aliar as tecnologias às melhores características dos seres humanos. “O mais eficiente dos robôs não substituirá o atendimento humanizado que só o médico pode oferecer ao paciente”, reflete ele.