Método verifica pedaços de DNA dos tumores que transitam na corrente sanguínea
O mercado global de biópsias líquidas, técnica recente que permite o monitoramento do câncer por meio da coleta de sangue convencional, está previsto para alcançar a casa dos US$ 6 bilhões em 2030, de acordo com um novo relatório da Grand View Research, Inc. O valor se deve ao fato de que essas biópsias menos invasivas são capazes de lidar com uma série de desafios significativos que as biópsias convencionais enfrentam, tais como, alto nível de invasão, falta de informações sobre câncer adquirido, complicações médicas pós-biópsia, além de fatores associados a custos.
A estratégia é fundamentada na análise de pedaços de DNA que vazam dos tumores para a corrente sanguínea. Com as impressões digitais da doença, os cientistas podem extrair informações genéticas essenciais por meio da leitura do material, e assim, caracterizar o tumor e indicar o melhor tratamento.
O fator responsável pelo rápido desenvolvimento desse mercado está na crescente necessidade de métodos mais precisos que forneçam uma visão holística do tumor e de metástases. Vários projetos de investigação clínica relacionados com células tumorais circulantes no sangue e ao DNA destas células foram iniciados na segunda metade da década passada. Como resultado, há muitos ensaios clínicos em curso que deverão ser concluídos entre 2017 e 2018. A estimativa é que após a conclusão, a comercialização desses ensaios e testes forneçam ao mercado um impulso significativo na receita e no crescimento do setor até 2030.
O relatório destaca também que o desenvolvimento paralelo de análise multigênica utilizando sequenciadores de próxima geração é o fator subjacente que permitiu aos oncologistas sequenciar mais eficientemente o DNA tumoral circulante (ou ctDNA, na sigla em inglês) e obter insights relacionados à metástase do câncer e mecanismos associados. Com isso, é possível fornecer uma visão sistêmica do câncer centrada no paciente e ajudar na sua monitorização a longo prazo.