Diante dos desafios do mercado e de um cenário econômico inseguro, as indústrias de alimentos estão continuamente empenhadas em encontrar caminhos para reduzir seus custos operacionais, melhorar a padronização e eficiência dos seus processos, aumentar a produtividade, liberar o seu produto rapidamente ao mercado, além de garantir que os mesmos sejam entregues com a qualidade desejada por seus consumidores finais.
A relação estreita dos alimentos com a saúde pública e seu papel na economia do país requerem o monitoramento rigoroso de padrões microbiológicos sanitários, de modo que atendam à qualidade e segurança necessárias para prevenir a ocorrência de doenças veiculadas por alimentos e também a deterioração dos produtos. Em ambas as situações, os prejuízos são significativos para a saúde dos consumidores e para as empresas produtoras, que podem ser oneradas pela necessidade de recalls de produtos, envolvimento em questões judiciais, e exposição da imagem de sua marca como consequências de liberar um produto não seguro ao mercado.
Os processos de controle de qualidade microbiológico em muitas indústrias de alimentos são baseados em metodologias tradicionais que são trabalhosas, demoradas, sujeitas a erros e com o tempo de resultados demasiadamente longo, atrasando a liberação dos produtos e diminuindo o tempo de exposição no mercado. Além disso, os custos gerados pelo laboratório de controle de qualidade microbiológico e a necessidade de armazenamento dos produtos até a obtenção dos resultados analíticos contribuem na composição do custo total da produção, impactando nos preços de comercialização. Assim, o laboratório de microbiologia é cada vez mais pressionado a fazer mais com menos recursos e liberar resultados mais rápidos.
Pela dinâmica do mercado e aumento da demanda do consumidor para uma variedade maior de alimentos, a tendência das indústrias é sempre o aumento da produção, o que implica, consequentemente, no aumento da quantidade de trabalho para o laboratório de controle de qualidade. Muitas empresas que não estão preparadas para gerenciar esta variação de demanda acabam sendo forçadas a contratar mais funcionários, e muitas vezes até a expandir suas instalações, para conseguir atender às necessidades analíticas.
Neste contexto, métodos automatizados agregam muito valor para o laboratório de microbiologia e podem ser aliados da indústria de alimentos para alcançar os seus objetivos, ao possibilitar padronização de processos, alta produtividade, acurácia, rastreabilidade, qualidade analítica, confiabilidade dos resultados dos testes e segurança. Além disso, a automação facilita o gerenciamento de demandas de trabalho variáveis, potencializando a capacidade analítica do laboratório, sem necessidade de aumento da equipe, horas extras ou terceirização de trabalho em épocas de picos.
Tarefas básicas realizadas rotineiramente pelo laboratório de microbiologia, como a preparação e dispensação de meios de cultura, pesagem, diluição de amostras e monitoramento de temperatura são altamente repetitivas e demoradas, e podem ser realizadas facilmente por equipamentos automatizados. As etapas analíticas para análise de microrganismos indicadores de qualidade, detecção de patógenos e identificação microbiana demandam tempo do analista e atrasam a liberação de resultados e são etapas onde os requisitos por qualidade e acurácia são muito elevados.
Muitos estudos apontam também para os benefícios da combinação da implementação de automação com a metodologia “LEAN-6-SIGMA”, onde projetos personalizados de automação são definidos com foco em melhoria de performance, produtividade e eficiência. A metodologia LEAN melhora o fluxo de trabalho, deixando-o mais enxuto e contínuo, pela redução de desperdícios e tarefas que não agregam valor, além de padronização, enquanto o Six-Sigma foca principalmente na diminuição das variações no processo.
Os projetos de automação definidos com base na metodologia LEAN-6-SIGMA permitem ainda a melhoria do fluxo de amostras, melhor distribuição de cargas de trabalho entre os analistas, refletindo em melhoria significante dos indicadores de performance (KPI), principalmente melhoria da produtividade em mais de 40% na maioria dos casos, redução do Turn Around Time (TAT), possibilitando a liberação de resultados mais rápidos, aumento da capacidade analítica com melhor utilização dos recursos, além de possibilitar melhoria dolayout do laboratório ou prepará-lo para acomodação da automação. Somado a isso, os equipamentos de automação podem ser interconectados por meio de sistemas de gerenciamento de dados (LIMS), assegurando a rastreabilidade total do processo e um fluxo LEAN digital.
Os benefícios são inúmeros, e as mudanças nos KPIs podem ser percebidas alguns meses após a implementação, além de promover significantes ganhos financeiros para a organização, pois contribuem significantemente para a redução dos custos operacionais e consequente aumento da rentabilidade, justificando o investimento nas tecnologias por apresentar um retorno de investimento atrativo e facilmente percebido pelo laboratório e pela indústria de alimentos.
Empresas fornecedoras de soluções diagnósticas e instrumentação laboratorial atuam como um parceiro do laboratório, facilitando o seu dia a dia. Um exemplo é a bioMérieux, empresa líder mundial em microbiologia e que está na vanguarda da inovação, fornecendo soluções para automação total do laboratório de microbiologia e melhoria de processos, com garantia de qualidade, segurança, produtividade e economia. Com uma abordagem de FMLA (Full Microbiology Lab Automation), a bioMérieux procura ajudar aos laboratórios a alcançarem seus objetivos pela melhoria da eficiência dos processos e utilização de sistemas automatizados.