Pesquisas iniciais vão investigar a seleção de óvulos por meio da inteligência artificial em técnicas de reprodução assistida. Este é objetivo da parceria entre a Clínica Origen, localizada em Belo Horizonte, e uma empresa israelense. Se os estudos forem positivos, um novo horizonte na medicina reprodutiva será traçado, com a promessa de esperança, precisão e confiança para pacientes que desejam ter filhos.
Existem inúmeras vantagens do uso da IA na seleção de óvulos, como mais agilidade e qualidade na coleta. “Com acesso a um vasto banco de dados global, os algoritmos de IA conseguem realizar uma avaliação minuciosa dos óvulos, identificando características e padrões que muitas vezes escapam à observação humana. Mesmo os olhos treinados dos embriologistas não conseguem detectar todas as nuances que a IA é capaz de identificar”, explica Renata de Lima Bossi, professora da pós-graduação da PUC Minas e embriologista-chefe da clínica.
Além disso, essa seleção é realizada de forma não invasiva, o que evita a exposição dos gametas a ambientes externos e prolonga o tempo de cultivo em condições ideais de acordo com Renata. A segurança dos pacientes é garantida, pois as identificações utilizadas são apenas numéricas, sem expor dados pessoais.
A IA já é usada para a seleção dos melhores embriões para transferência, o que permite calcular a chance de gravidez e a formação de blastocistos. A parte de custos é um desafio. No entanto, há a expectativa de que, com o tempo, o recurso se torne mais acessível a todos os pacientes, proporcionando melhores resultados e reduzindo a ansiedade durante o processo de tratamento.