Um estudo feito pela HIMSS e-Health Trendbarometer, com apoio da Siemens Healthineers, publicado agora em julho, revela o nível de maturidade em telessaúde da Europa imediatamente antes do surto de COVID-19. Ele ressalta o impacto que a pandemia teve na adoção da telemedicina e fornece lições em como a crise remodelou o ambiente de saúde digital europeu. A pesquisa foi realizada em janeiro e fevereiro de 2020 com mais de 350 profissionais de saúde digital de 27 países europeus.
De acordo com o estudo, 93% das instituições de saúde implementaram pelo menos 1 tipo de serviço ou solução de telessaúde. A mais prevalente são aplicações não clínicas lideradas por serviços de saúde mobile (em celulares), oferecidas por 54% das instituições.
Antes da crise da COVID-19, os modelos de telessaúde adotados tinham perfis diferentes entre os países: Espanha e Itália usando majoritariamente para manejo de condições crônicas, enquanto Alemanha e Suíça para situações agudas. Os países nórdicos são os campeões em uso de saúde digital para prevenção e saúde mental e comportamental. Sete de 10 stakeholders ajustam suas aplicações em saúde digital para a população idosa com o objetivo de manter independência e melhorar qualidade de vida, reconhecendo as oportunidades da economia prateada.
O “barômetro de tendências” da HIMSS e-Health nota que a telessaúde enfrenta obstáculos similares a saúde digital no geral, que são basicamente de investimento, eficiência, políticas e regulamentação. São problemas especialmente preocupantes para quem vende estas tecnologias. A COVID-19 pode catalisar a mudança de pensamento e reduzir as preocupações em relação a segurança da informação e privacidade de dados, por exemplo.
Dinamarca, Países Baixos e Reino Unido foram os locais mais otimistas em relação à oportunidade de negócios. Quando perguntados como seria o desenvolvimento nos próximos 12 meses do ambiente de inovação eHealth e dos investimentos, 74% dos stakeholders responderam que melhorará.
A adoção da telessaúde será sustentável?
A pandemia mostrou o enorme valor da telessaúde em construir sistemas de saúde resilientes e adaptáveis a novos desafios. A crescente aceitação social da saúde digital é uma excelente oportunidade para traduzir essa capacidade em uma transformação inteligente da saúde, com benefícios para os pacientes e todas as partes interessadas.
“Agora é o melhor momento para superar desafios culturais, atualizar a regulamentação e melhorar a interoperabilidade que reteve a adoção da telessaúde, especialmente em casos de uso clínico, por muitos anos”, conclui Jörg Studzinski, Diretor de Serviços de Pesquisa e Consultoria da HIMSS.
“A necessidade de métodos de comunicação para fornecer serviços como monitoramento e consultas – sem que o paciente tenha que estar fisicamente presente ou passar horas na sala de espera – ficou clara praticamente da noite para o dia. E essa evolução foi rapidamente aceita por muitos fornecedores e pacientes como o novo normal”, diz Rahma Samow, Vice-Presidente Sênior e Vice-Presidente Global de Marketing, Vendas e Comunicações de Digital Health da Siemens Healthineers.
O estudo fornece ideias únicas sobre a adoção de serviços e soluções de telessaúde por provedores de saúde europeus, fornecedores de tecnologia e outros importantes stakeholders em eHealth, pouco antes da pandemia do COVID-19 chegar ao continente. Os resultados incluem diretrizes para o planejamento e implementação sustentáveis de serviços de telessaúde hoje e no futuro.
Você pode baixar o estudo completo através deste link.