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Como comprar bem no setor de saúde?

Diante de infraestruturas danificadas, a expedição de kits emergenciais de saúde requer agilidade e boa gestão

O desperdício é hoje o principal fator que impacta nas contas

hospitalares. Estimativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

registram que as perdas com medicamentos, por exemplo, incluindo os comprados

no varejo, pelos hospitais e pelo Poder Público, giram em torno de 20%. Isso

leva à distorção hoje observada nas práticas assistenciais, precificação,

compra de medicamentos e insumos, e também resulta em perda de eficiência.

Segundo o Conselho Federal de Farmácia, as instituições precisam garantir

produtos e serviços na quantidade certa, prazo adequado, qualidade ideal e

custo menor. Para isso, o processo de compra no setor de saúde requer uma

administração minuciosa, para garantir a negociação e qualificação de

fornecedores.

É preciso pensar na compra levando em consideração quatro

principais questões:

1.   

O que comprar?

Consiste em selecionar e padronizar os dados relacionados a

especificação e identificação dos medicamentos e insumos a serem comprados.

Neste ponto é preciso definir, especificar, classificar e codificar os itens.

2.   

Quando e quanto comprar?

A definição da periodicidade das compras está diretamente

associada ao controle do estoque, que deve estar alinhado à demanda da

instituição. Para isso, existem alguns métodos de classificação de materiais,

que auxiliam na tomada de decisão. Entre eles está a curva ABC, que é um

teorema que separa os itens de maior importância, ainda que estejam em menor

número, para se estabelecer formas de gestão apropriada à importância de cada

medicamento/insumo em relação ao valor total dos estoques.

3.   

Como comprar?

As instituições podem comprar de formas diferentes. No caso de

instituições públicas, a compra envolve licitações, que seguem as normas

preconizadas na legislação vigente. Para as privadas, normalmente existem

políticas internas que preveem um cadastro prévio, número mínimo de cotação,

especificações e pesquisa de preços praticados pelo mercado.

4.   

Onde comprar?

A escolha de onde comprar deve seguir o raciocínio de mapear e

conhecer os possíveis fornecedores, por meio de um cadastro prévio, fazer uma

seleção a partir das informações iniciais, avaliá-los e classificá-los, o que

inclui visitas técnicas e o desenvolvimento um guia de boas práticas, para

garantir a segurança necessária para seu hospital.


Seguir este passo a passo contribuirá para uma decisão mais

assertiva e para a otimização da cadeia de suprimentos dos sistemas de saúde.

Mayuli Fonseca – Diretora de Novos Negócios da UniHealth Logística

Hospitalar (http://unihealth.com.br/)