Pessoas entre 23 e 38 anos, nascidas de 1981 a 1996, são conhecidas como millennials, geração y ou até mesmo “geração da internet”. Recentemente, a Sanofi publicou um estudo chamado: “Be Your Best 2019 – Empowering the Net Generation to Make the Most of Self-Care”, realizado entre março e abril deste ano, que revela como esse grupo de consumidores está moldando o futuro do autocuidado e o que consideram mais importante.
O levantamento realizado com 3200 millennials (consumidores, médicos e farmacêuticos), de oito países (Brasil, Estados Unidos, França, Reino Unido, África do Sul, Rússia, China e Japão) aponta as três coisas que mais importam para esta geração: bem-estar, acesso a informações confiáveis de profissionais de saúde e conveniência. Em todos os países, os consumidores concentram-se em tratar seus problemas de saúde à medida que ocorrem, em vez de evitar futuras doenças e fazer acompanhamento contínuo. No entanto, eles estão conscientes da necessidade de mudar e 45% afirmaram que desejam ter uma postura preventiva no futuro.
Para o vice-presidente executivo e chefe da Global Business Unit Consumer Healthcare, unidade de negócios que encomendou o estudo, Alan Main, “o relatório revela que, embora a intenção esteja lá, os consumidores Millennials podem aprimorar suas escolhas a partir de informação qualificada. Na atual sociedade da informação, cabe aos principais atores, como governos, formuladores de políticas públicas e indústria, responderem ao chamado desses consumidores, que desejam obter informações necessárias para viver vidas mais completas e saudáveis”.
Três quartos dos entrevistados relataram manter um bom nível de saúde através do autocuidado. A geração y leva a saúde a sério, 43% dos participantes afirmam que procuram informações sobre o tema pelo menos uma vez por semana, o que se estende para as escolhas e decisões de compras. Foi possível identificar que os Millennials pesquisam, comparam e selecionam os produtos que funcionam para eles, mesmo antes de se deslocar a uma loja ou farmácia.
No Brasil, 72% dos consumidores relacionam autocuidado à alimentação saudável e 53% dos entrevistados gostariam de ter mais conhecimento para praticar ainda mais autocuidado em suas vidas. De acordo com a pesquisa, 87% dos profissionais entrevistados concordam que os consumidores devem praticar autocuidado para condições de saúde não consideradas graves. No entanto, 59% deles acreditam ser insuficiente o nível de informação oferecida para o público leigo no País.
De maneira geral, os resultados para o Brasil mostram que o conceito de autocuidado está muito relacionado à decisão por um estilo de vida saudável, no que diz respeito à alimentação, prática regular de exercícios e busca por equilíbrio físico e mental. Mas também ficou evidente o protagonismo que a geração Millennials assume ao tomar decisões importantes sobre como cuidar da própria saúde, desde o ponto de vista comportamental até o uso de produtos isentos de prescrição médica para problemas corriqueiros e sem gravidade.
Como nativos digitais, os Millennials consideram a internet como fonte mais importante de informação sobre o autocuidado, antes mesmo dos profissionais de saúde. No entanto, 59% dos profissionais de saúde acreditam que os consumidores não realizam o autocuidado de forma suficiente. Os profissionais de saúde também afirmam que a dependência de pesquisas on-line pode, paradoxalmente, causar uma preocupação desnecessária. Outro dado mostra que somente um terço dos entrevistados se sente bem informado sobre as opções de autocuidado disponíveis nos serviços de saúde locais.
“Todas as partes interessadas na área de saúde precisam se esforçar para ouvir essa geração de dois bilhões de consumidores. Se pudermos ajudar a moldar o campo de atuação em parceria para reconhecer o valor do autocuidado, adaptar políticas e acordos de regulamentação, e melhorar a saúde através do uso responsável de dados integrados, poderemos realmente transformar o sistema de saúde”, conclui Alan Main.