Quem passou pela Avenida Paulista no último domingo (17), pôde conferir a ação de conscientização e vivência sobre esclerose múltipla, promovida por meio de uma parceria entre a ComSaude, parte da FIESP, com a ABEM e o apoio da Roche Farma Brasil.
Quem passou pela Avenida Paulista no último domingo (17), pôde conferir a ação de conscientização e vivência sobre esclerose múltipla, promovida por meio de uma parceria entre a ComSaude - Comitê da Cadeia Produtiva de Saúde e Biotecnologia, parte da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) e o apoio da Roche Farma Brasil.
O evento contou com a presença do neurologista Rodrigo Thomaz, coordenador médico do Centro de Excelência em Esclerose Múltipla do Hospital Albert Einstein, que realizou um bate-papo sobre os sintomas e cuidados da doença e também as formas de diagnóstico e tratamento, além de Adriana Arruda, portadora de esclerose múltipla que falou sobre os desafios de se conviver com a doença.
A atividade faz parte da celebração do Dia Mundial das Doenças Raras, que acontece no dia 28 de fevereiro, e teve como objetivo informar e tirar as dúvidas dos cidadãos a respeito desta enfermidade. Durante o evento, que contou com a participação de cerca de 300 pessoas, o público teve a oportunidade de se colocar na pele das pessoas que enfrentam a doença e participar de uma simulação que mostrava os sintomas de quem convive com esclerose múltipla. Também foram distribuídas cartilhas com informação sobre a doença, além de camisetas, livro e o laço laranja, símbolo da enfermidade que também reforça a conscientização da esclerose múltipla.
A coordenadora do ComSaude, Gabriela Gazola esteve presente no local e lembrou a importância de se realizar este tipo de iniciativa. "Acreditamos que, para melhorar o setor da saúde como um todo, deve haver um foco no paciente e na disseminação adequada de informações. Por isso as ações que fazemos na calçada da FIESP, em conjunto com parceiros especializados, são tão importantes", ressaltou.
A esclerose múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune, que leva as células de defesa do organismo a atacarem o próprio sistema nervoso central e provoca lesões no cérebro e na medula. De acordo com o levantamento mais recente do Ministério da Saúde em parceria com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, pelo menos 35 mil pessoas no País convive com a doença.
Os principais sintomas são fraqueza muscular, fadiga, rigidez muscular, sensação de queimação nos membros e dificuldade visual. A esclerose múltipla não tem cura e os pacientes são geralmente jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos.
Para tratar as consequências da esclerose, o SUS oferece 44 procedimentos, divididos entre os de procedência clínica e de reabilitação, que amenizam os sintomas da enfermidade. Em 2017, durante os meses de janeiro a maio, foram registradas 1.599 internações de pacientes com esclerose múltipla pelo sistema. Segundo dados do Ministério da Saúde, 15 mil brasileiros realizam tratamento médico oferecido na rede pública.
Além disso, o sistema público possui mais de 270 hospitais habilitados com Unidade de Assistência ou Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia em todo o País, que são capacitados para oferecer o tratamento à pessoas que portam a doença.