Nunca se falou tanto em prevenção. O estresse da vida moderna, o envelhecimento populacional e os maus hábitos alimentares aumentaram consideravelmente a incidência de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão. E isso acontece especialmente entre funcionários e colaboradores de empresas, que estão entre os principais contratantes de planos de saúde.
Em corporações o custo com saúde chega a 30%. Perde somente para folha de pagamento. Além disso, 15% da população de doentes crônicos de uma empresa representa 70% dos gastos. A mudança está calcada na transformação do modelo de saúde reativo em proativo, direcionando esforços para a promoção da saúde em detrimento do tratamento de doenças. Trata-se de mais que oferecer um plano de saúde para o corpo de funcionários.
No entanto, segundo uma pesquisa realizada pela Asap (Aliança para a Saúde Populacional), a maior parte das empresas brasileiras ainda não enxerga o valor de investir na saúde dos seus funcionários, pelo contrário, considera como despesa. Essa mentalidade abre uma janela de oportunidade para as operadoras de saúde. Elas podem, por exemplo, articular com o departamento de Recursos Humanos das corporações possibilidade de parcerias para o cuidado com a saúde das pessoas.
Nesse sentido, a gestão de saúde populacional é uma das principais aliadas. O gerenciamento da doença crônica, por exemplo, evita faltas no trabalho e despesas desnecessárias, motivadas especialmente por passagens em pronto-socorro e hospitais. O foco é fazer com que o paciente tenha uma vida normal, controlada e com menor risco. Consciente de que precisa adotar medidas preventivas e mudar seus hábitos, ele reduz idas às unidades de saúde, internações inesperadas e consultas de emergência.
Para as operadoras, o tratamento e a atenção da saúde pública deve ter uma abordagem multidisciplinar que define o cuidado integrado baseado na melhoria da gestão de doença e a eficácia de programas de prevenção. Em um futuro bem breve, a gestão de saúde desempenhará um papel de destaque na qualidade de vida dos beneficiários e de sustentabilidade econômico-financeira do mercado. É fato que profissionais saudáveis e motivados produzem melhor e se sentem mais felizes.