O Instituto Internacional de Pesquisa e Educação (IPE) da Hapvida NotreDame Intermédica e o Instituto de Pesquisas L2iP se uniram para desenvolver estudos clínicos que melhorem a qualidade de vida de pacientes com diversas comorbidades, incluindo doenças neurodegenerativas, reumatológicas e cardiológicas. Celebrado há seis meses, o acordo de cooperação técnico-científica entre as entidades já mostra resultados promissores.
“A parceria com o L2iP, um centro de pesquisa de influência global, é fundamental para desenvolvermos estudos direcionados ao nosso perfil de beneficiário. Em uma companhia que cuida de quase 16 milhões de vidas, incluindo pacientes odontológicos, a prevenção é de extrema relevância, assim como o acesso aos melhores tratamentos disponíveis no mundo”, afirma Kenneth Almeida, diretor-executivo do IPE.
Leia mais: Indústria farmacêutica: uma perspectiva sobre programas de pacientes
Ampliação dos estudos clínicos
Atualmente, o L2iP possui 37 estudos clínicos abertos. O instituto trabalha com associações de pacientes e familiares para recrutar participantes elegíveis para cada pesquisa em andamento.
Com acesso ao banco de dados da maior empresa de saúde da América Latina, há uma tendência de ampliação dos estudos, tanto em número de participantes quanto na diversidade de doenças abordadas.
“A realidade da Hapvida é muito representativa do Brasil. Poucas empresas refletem tão fielmente a saúde brasileira e respondem por cerca de uma dezena de milhões de vidas. Para nós, essa parceria é uma oportunidade de expandir nossa visão sobre as drogas inovadoras que modificarão o tratamento de doenças e os custos associados”, diz Eduardo Freire Vasconcellos, CEO do L2iP.
Saiba mais: Desenvolvimento de 536 healthtechs no Brasil é avaliado em estudo
Pesquisas que podem ajudar no bem-estar da população
Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população brasileira, as doenças crônicas e neurodegenerativas têm se intensificado. No Brasil, essa é uma oportunidade para incentivar estudos clínicos e o desenvolvimento de pesquisas voltadas para novos medicamentos e tratamentos, incluindo anticorpos monoclonais e terapias gênicas.
Francisco Souto, vice-presidente de Operações e Rede Própria da Hapvida NDI, destaca a importância de estar atento às tendências. “Queremos garantir aos nossos beneficiários o acesso ao que há de melhor e mais inovador no mercado. A ciência precisa caminhar lado a lado com a saúde de qualidade, e esse caminho passa pelas pesquisas clínicas”, afirma.
A Hapvida NDI tem cerca de 170 pacientes participando de pesquisas em diferentes especialidades com instituições parceiras. Com o L2iP, o foco estará em doenças neurodegenerativas, como esclerose múltipla e demência, além de áreas como reumatologia, gastroenterologia, infectologia, endocrinologia, cardiologia e pneumologia.
Para participar dos estudos clínicos, é necessário atender aos critérios de elegibilidade previamente estabelecidos, que variam de acordo com a linha de pesquisa. Na Hapvida NDI, a abordagem aos pacientes é feita exclusivamente pela equipe médica responsável.
Veja também: Práticas de gestão enxuta otimiza cuidados intensivos e eleva certificação hospitalar
Alta eficácia nos tratamentos
Poliane Jaiane Dias, de 26 anos, descobriu que tem esclerose múltipla em novembro de 2022, após um exame de ressonância magnética na rede pública em Brasília. Antes, a doença era tratada como ansiedade. O primeiro sinal de alerta foi a dificuldade para andar.
“O algoritmo do Instagram me salvou quando apareceu um anúncio do Instituto L2iP depois de eu pesquisar sobre esclerose múltipla. Comuniquei minha família, que questionou a seriedade do estudo. Fui conhecer a clínica, os médicos e me senti segura em fazer parte do estudo”, conta.
Confira: O futuro do cuidado médico passa pela humanização dos profissionais
Os benefícios de participar dos estudos clínicos
Desde o início de 2023, Poliane tem acesso gratuito a um medicamento de alta eficácia. O tratamento consiste em infusões a cada seis meses e exames de sangue e urina trimestrais para monitoramento da evolução da doença. Os custos com transporte e alimentação não são de responsabilidade da voluntária. “A infusão melhorou 100% minha qualidade de vida e disposição. É como se eu reiniciasse o meu sistema e pudesse correr uma maratona”, revela.
Poliane recomenda a participação em estudos e vê vantagens no acompanhamento profissional qualificado. “Antes, eu me sentia assustada. Conhecer o estudo clínico facilitou o entendimento da doença, que é degenerativa. Apesar do diagnóstico, não preciso me preocupar com a minha saúde, pois tenho a certeza de que vou ficar bem e a tranquilidade do acesso à medicação, que não está disponível no SUS”, garante.
Fique por dentro de mais notícias sobre o desenvolvimento e investimentos em pesquisas clínicas no Brasil com Saúde Business!