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Einstein introduz estimulação magnética transcraniana em centro de reabilitação

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Tecnologia de neuromodulação não invasiva promete avanços no tratamento de distúrbios neurológicos e psiquiátricos, potencializando a reabilitação de pacientes de alta complexidade.

O Einstein incorporou uma nova e promissora opção terapêutica em seu centro de reabilitação: a Estimulação Magnética Transcraniana (TMS). Esta tecnologia de neuromodulação não invasiva, um procedimento não cirúrgico utilizado para tratar diversos distúrbios neurológicos, agora está disponível para os pacientes da instituição. 

Diferente da estimulação invasiva, já disponível no Einstein, a TMS não requer cirurgia. “Por meio de pulsos magnéticos, a técnica permite estimular ou inibir áreas específicas do cérebro, modulando a atividade neuronal. Isso potencializa e direciona o processo de plasticidade cerebral, auxiliando na reabilitação e tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas”, explica Marcel Simis, neurologista do Einstein e coordenador do subgrupo de neuromodulação do GMA (Grupo Médico-Assistencial) de Reabilitação. 

Aplicações e evidências científicas da TMS 

A TMS é regulamentada pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) para o tratamento da depressão e possui um bom nível de evidência científica de eficácia para outras condições, como dor neuropática crônica. Além disso, pode ser utilizada para tratar condições de saúde com menor nível de evidência, nas chamadas indicações off-label (não previstas na regulamentação do CFM). Entre essas indicações destacam-se a reabilitação motora de pacientes que sofreram AVC e aqueles com doença de Parkinson, além da reabilitação de afasia e disfagia pós-AVC e reabilitação cognitiva. 

No Einstein, a aplicação da TMS será supervisionada por especialistas em neurologia, fisiatria, neurofisiologia e psiquiatria, garantindo uma abordagem baseada em evidências científicas. 

Impacto da inovação na reabilitação do Einstein 

Milene Ferreira, gerente médica de Reabilitação e Medicina Esportiva do Einstein, destaca a importância dessa inovação: “Nossa responsabilidade é enorme no contexto de devolver qualidade de vida e independência funcional para esses pacientes. Por isso, buscamos sempre aprimorar nossas tecnologias e opções terapêuticas, disponibilizando novas técnicas que promovam um impacto positivo no cuidado ao paciente”. 

O centro de reabilitação do Einstein realiza, em média, 11 mil atendimentos por mês, dos quais 60% são destinados a pacientes de alta complexidade. Essas condições exigem um cuidado interdisciplinar, abrangendo doenças neurológicas e cardiopulmonares de alto risco, fragilidades relacionadas à idade, perda funcional após internações prolongadas ou críticas, complicações secundárias a diagnósticos ou tratamentos oncológicos, e paralisia cerebral, entre outras. 

A neuromodulação não invasiva será adicionada às terapias convencionais multiprofissionais oferecidas aos pacientes, que atualmente incluem o uso de medicamentos para distúrbios psiquiátricos e sessões de fisioterapia para reabilitação motora. A TMS promete melhorar as condições clínicas de pacientes, potencializando suas respostas cerebrais ao tratamento de base.