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Famílias brasileiras vão gastar 7,4% a mais com planos de saúde e medicamentos em 2023

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Pesquisa do IPC Maps estima que os gastos com planos de saúde e medicamentos devem, juntos, ultrapassar R$ 400 bilhões

O setor de saúde deve movimentar no país até o final deste ano R$ 414,6 bilhões, o que representa um acréscimo de 7,4% em comparação a 2022. Os dados são da Pesquisa IPC Maps, com base em dados oficiais. De acordo com o levantamento, os brasileiros devem desembolsar cerca de R$ 217,6 bilhões só com planos de saúde e tratamentos, e R$ 197 bilhões com medicamentos em 2023. A pesquisa do IPC Maps levou em conta despesas com medicamentos e itens para curativos, bem como com bens e serviços relativos a planos de saúde e tratamentos médico e dentário.

O presidente da Aliança Para a Saúde Populacional, Cláudio Tafla, explica que esse aumento nos gastos se deve, principalmente, ao envelhecimento da população. “Esse impacto se deve muito ao envelhecimento, que é uma coisa louvável dentro do sistema de saúde. As pessoas têm vivido mais e, vivendo mais, têm exposição a outras doenças, mas a gente tem que achar uma maneira de harmonizar esses custos para que caiba no bolso das pessoas”, aponta Tafla.

É justamente esse ponto que o responsável pelo IPC Maps, Marcos Pazzini, destaca como uma explicação para a alta no setor. Segundo ele, o crescimento da população idosa, “acaba impondo maior demanda por medicamentos e cuidados médicos”. O presidente da Asap chama a atenção para a consequência desse aumento de gastos, que pode ser uma redução na quantidade de beneficiários dos planos de saúde, já que muitas pessoas não terão condições de arcar com esse incremento de custos e sairão do sistema privado. “E o sistema de saúde público já está esgotado em termos de acesso, o que pode gerar mais desafios ainda para a gestão de saúde brasileira. É preciso ter equilíbrio, até porque, existe muito desperdício. Segundo o Instituto de Estudos em Saúde Suplementar, cerca de 20% de tudo aquilo que a gente investe em saúde é desperdiçado em termos de recursos”, destaca Tafla.