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CONARH Saúde compartilha boas práticas na saúde corporativa

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Congresso promovido pela ABRH reuniu representantes de diferentes setores para discutir avanços na saúde corporativa

“A saúde é a segunda maior despesa do RH. Para algumas empresas , o custo já ultrapassa 20% das despesas totais”, afirma Luiz Edmundo Rosa, diretor de senvolvimento e pessoas da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e coordenador do  Congresso Nacional de Recursos Humanos com foco em saúde (CONARH Saúde). Nesta semana, o evento reuniu cerca de 300 congressistas, em São Paulo, para discutir estratégias e soluções para melhorar a saúde corporativa no Brasil.

Principalmente depois da pandemia, o universo corporativo recebe, cada vez mais, demandas por assistência à saúde. Cerca de 70% do mercado de saúde suplementar é de planos empresariais. “As empresas dependem de colaboradores, não só com saúde física, mas como uma boa saúde mental, para criar/ inovar. Isso faz a diferença”, ressalta Rosa.

Caminhos e soluções na saúde corporativa

No painel de debates sobre questões críticas para o setor, dois pontos foram bastante abordados, cultura e estratégia. Frederico Porto, psiquiatra e nutrólogo, pontuou que a saúde é a única indústria que o cliente não está no centro. “Quem está no centro é a estrutura, o médico, o hospital”, afirma.

Fábio Gonçalves, diretor técnico da Aliança para a Saúde Populacional (ASAP), também participou da discussão e afirmou que o paciente precisa estar em primeiro lugar. “Desta forma, melhora a experiência do usuário, a qualidade dos serviços e consegue conter desperdícios. Por mais que haja uma reorganização do cuidado, acredito que, se o paciente não estiver no centro, não há estratégia que suporte”, explica.

Há a necessidade de mudar a percepção da sociedade em relação à saúde.  “Sair do diagnóstico e partir para a prevenção”, afirma Porto. Primeiro de tudo, precisa transpor a cultura e engajar o paciente. Para o médico, isso só pode ser feito por meio de um relaciomento próximo, entendendo que cada indivíduo é único.

Gonçalves acrescentou seu ponto de vista, olhando para alocação de recursos. “O recurso pode ir além do meio hospitalar. Porque, se o hospital continua no centro, continuamos cuidando da doença e não promovendo saúde necessariamente”, destacou.

Sobre a remuneração, o executivo trouxe várias provocações. “Por que a remuneração de uma cirurgia cobre somente o procedimento e não considera o pós-operatório a longo prazo?”, questiona. Para ele, é possível fazer um piloto contratual. “Ficar esperando umaregulação é perda de tempo”, afirma.

Aliança em prol da saúde corporativa

Durante o CONARH Saúde, o público conheceu o Programa Empresa Saudável (PES), iniciativa da ABRH  em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Com adesão de diversas instituições, como Abramge, IESS e GPTW, o projeto visa contribuir para a melhoria da Saúde no âmbito das organizações e sua rede de influência.

Tem a visão compartilhada de que a Saúde é um bem tão essencial para as pessoas quanto para as empresas e a sociedade, e que os investimentos em saúde podem gerar mais valor, sem desperdícios ou custos desnecessários. Em dezembro de 2022, foi aprovado o acordo de cooperação entre a agência reguladora e a associação, com duração prevista de cinco anos. Veja!

Maurício Nunes, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Angélica Carvalho, diretora adjunta da mesma área, e Katia Audi, coordenadora de Indução da Qualidade Setorial da agência compartilharam informações do programa baseado em quatro eixos de conteúdo: política de saúde; plano estratégico de saúde; gestão por indicadores e avaliação por resultado. Também apresentaram outras inciativas da ANS na busca pela qualidade e a inovação na saúde suplementar, como o QUALISS.