Pensar a melhor experiência do paciente é uma constante no setor. E todos nós temos a nossa própria experiência enquanto usuários. Quantas vezes saímos de uma consulta médica com uma lista de exames para agendar, e para fazê-lo, precisamos de um tempo dedicado a isso, seja para falar com o atendente do laboratório, seja na tentativa de agendar por um site ou aplicativo, ou até mesmo o WhatsApp. Tudo exige um tempo.
Agora imagina sair de uma consulta, e além das requisições de exames e receita passada pelo médico, já ter disponível em seu celular, em um aplicativo, uma lista de laboratórios parceiros e, só escolher o melhor dia e horário, na certeza que o laboratório já recebeu todos os seus dados, inclusive o requisito do exame? É essa integração que a Prontmed está trazendo ao mercado. A partir do trabalho consolidado com o prontuário eletrônico, a empresa agora investe na integração com serviços diagnósticos, facilitando a jornada de exames.
O projeto vem de uma evolução natural do trabalho já consolidado da empresa. “Nosso trabalho com prontuário eletrônico nasceu com dois focos específicos: terminologia clínica e estruturação de dados, que são grandes dores no setor. Com isso consolidado, temos base para integrar mais serviços”, aponta a Head de Expansão da empresa, Nathalia Nunes.
Padronização de dados é o ponto-chave
Com uma base de 5 milhões de pacientes atendidos, quase meio milhão de consultas dentro da plataforma todo mês, e com 80% de acesso a documentos gerados nas consultas, a healthtech aproveitou o potencial desse volume de transações para desenvolver o programa. Inicialmente testado com seis marcas de laboratório em sua fase piloto, o projeto visa direcionar o paciente em todas as tarefas pós-consulta. “Ele sai da consulta com seu pedido de exame já encaminhado com o laboratório, com a receita médica, sem o ruído das informações desencontradas”, pontua.
A executiva explica a falta de padrão nas requisições de exames, nos inputs de doenças e até mesmo a receita de medicamentos defasados como grandes entraves para a navegação do paciente. “Por exemplo, em levantamento feito com o Hospital AC Camargo, foi constatado 100 formas diferentes de registrar um mesmo tipo de tumor. E isso acontece em diferentes tipos de patologias e no registro de exames ou medicamentos, que muitas vezes já foram atualizados no mercado. Em nosso trabalho a gente parametrizou todas essas informações e fizemos um De/Para, o que garante o input correto das informações”.
Cuidado integrado para um uso pertinente dos recursos
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A primeira etapa do projeto foi disponibilizar a ferramenta para serviços diagnósticos, inicialmente em São Paulo, depois para o Rio de Janeiro e em seguida para todo Brasil. A ideia é, em uma fase mais madura do projeto, expandir essa integração para os serviços que participam do cuidado com o paciente, como operadoras, programas das farmacêuticas, hospitais para deixar redonda a jornada do paciente, e garantir que ele consiga dentro do aplicativo acessar os serviços necessários para o seu cuidado, sem a necessidade de preencher nada além.
No projeto com os serviços diagnósticos, a automação também acontece na via oposta, com os resultados já sendo encaminhados diretamente ao paciente e ao médico que solicitou o exame, que é alertado caso haja algo urgente a ser tratado. Em toda essa trajetória, os dados pertencem ao paciente, que autoriza esse trâmite entre as instituições.
Além de facilitar a jornada do paciente em seu cuidado, essa navegabilidade entre os serviços possibilita também um melhor aproveitamento dos serviços médicos. “Estudos mostram que o mercado de exames não feitos alcança a marca de US$ 7 bilhões. Por outro lado, o desperdício com a repetição desnecessária de exames também é um ônus para o setor. A gente não tem mais espaço para gerar custo que não é necessário. A nossa ideia é que o paciente possa ter acesso ao que é pertinente. É um projeto de dados e de navegação que traz um melhor resultado clínico, com menos custo e mais eficiência pro setor, gerando um caminho de mais resolutividade e acesso”, conclui Nathália.