Os sistemas de saúde na América Latina passam por uma forte tensão devido ao envelhecimento da população, desafios de infraestrutura, fragmentação, limitações de recursos e prevalência das doenças não transmissíveis, questões ainda mais agravadas pela pandemia de covid-19. Mais que prevenir doenças e tratar os indivíduos, a medicina personalizada, sustentada por uma robusta infraestrutura digital, pode reduzir o desperdício em saúde e construir sistemas de atendimento médico sustentáveis. Apesar do aumento da população e dos custos, trata-se de repensar como serão os sistemas de saúde para as gerações futuras.
No dia 8 de julho, será lançado o FutureProofing Healthcare LATAM – Índice de Medicina Personalizada da América Latina, uma ferramenta inédita de formulação de políticas orientada por dados para a comunidade da saúde da região, apoiada pela Roche e projetada por especialistas independentes para guiar as discussões sobre as intervenções necessárias para preparar os sistemas de saúde para seus próximos desafios. Baseado em dados de terceiros e evidências do mundo real, o índice avaliou os sistemas de saúde de dez países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai) para medir seu progresso em direção a um futuro personalizado e digitalizado da saúde.
Os objetivos da ferramenta, que já foi lançada recentemente na Europa e na Ásia, são criar referências e percepções práticas para promover o planejamento dos sistemas de saúde e fornecer um retrato fiel da realidade de como os países estão preparados para o futuro, capacitando legisladores, médicos, representantes dos pacientes e demais interessados para identificar as melhores práticas e trabalhar juntos para a evolução dos sistemas de saúde.
O índice foi construído com a contribuição de especialistas independentes de nível regional e global, a partir da premissa de que a chave para identificar problemas mais rapidamente e personalizar os tratamentos das doenças é aproveitar a informação mais poderosa fornecida pela coleta e análise dos dados de saúde agregados. Sendo assim, traz diferentes indicadores divididos em quatro categorias: 1) informação de saúde e TI; 2) serviços de saúde, 3) produtos e tecnologias para saúde; e 4) contexto, planejamento e facilitadores da saúde.
O Brasil ficou em primeiro lugar, entre os dez países, no direito dos pacientes de acesso aos dados das instituições de saúde, o que possibilita que procurem atendimento de mais qualidade. Também lidera o indicador de investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mostrando que o país está sempre em busca de formas de inovar para atender as necessidades dos pacientes.
Por outro lado, o índice mostra desconfiança dos pacientes brasileiros em relação a dispositivos de saúde conectados. Segundo os dados, uma parcela significativa da população dificilmente usaria um deles, mesmo que fosse recomendado por um médico.
Outras informações sobre o desempenho do Brasil e o de outros países da América Latina, assim como boas práticas mapeadas pela ferramenta, poderão ser acessadas no lançamento do FutureProofing Healthcare LATAM. Especialistas irão debater em um painel as descobertas mais relevantes.
“A abordagem mais promissora para a criação de sistemas de saúde sustentáveis que entregam os melhores resultados para os pacientes é estabelecer um sistema de saúde baseado em dados que gerem insights mais significativos, forneçam informações mais assertivas que ajudem a gerenciar melhor os custos de saúde e impulsionem a inovação”, afirma Marcelo Oliveira, head de Medicina Personalizada da Roche Farma Brasil.