Lançada no último setembro, a Docpass surgiu para ser uma alternativa de acesso à atenção primária. A plataforma B2C permite ao paciente tanto utilizar o pronto atendimento digital como agendar uma consulta online com mais de 30 especialidades médicas e não médicas.
Essa é a nova vertente da Conexa Saúde que nasceu em 2017 como plataforma B2B de teleconsultas. O foco da empresa é manter a qualidade do atendimento elevada no digital, uma vez que a essência do negócio é cuidar do paciente. O conselho médico da empresa ajudou a estruturar os processos de aprovação e treinamento dos médicos que desejam se registrar e auxiliou no desenvolvimento da própria plataforma, componentes que juntos propiciam a entrega de resolutividade e excelência.
Para chegar a este paciente, a estratégia da Docpass foi investir em marketing e formar parcerias com diferentes elos do setor, como laboratórios de medicina diagnóstica e redes de farmácias. Inspirados pela Ping An Good Doctor, plataforma chinesa de ecossistema de saúde, a Docpass tem caminhado para a integração digital com as farmácias e pretende evoluir para atendimento dentro destes estabelecimentos. “Nossos negócios têm uma sinergia grande e juntos conseguimos trazer uma proposta de valor e cuidado muito mais completa para o usuário final”, afirma Guilherme Fraga, sócio da Conexa Saúde e diretor do Docpass em conversa com o Saúde Business.
Houve um crescimento expressivo com a pandemia, como se pode imaginar. No início do ano, a meta de teleconsultas anuais da Conexa para 2020 era aproximadamente 25 mil. Hoje são realizadas entre 15 e 17 mil consultas por dia entre Conexa e Docpass! São mais de 6,5 milhões de vidas e cerca de 48 mil médicos cadastrados em suas bases. Estima-se que 60% de todas teleconsultas no Brasil tenham ocorrido através destas plataformas.
A expansão para o atendimento direto ao paciente com a Docpass visa democratizar a saúde e possibilitar que uma parte dos 75% da população brasileira que não possui convênio seja assistida com qualidade. “Somos resolutivos através da telemedicina em até 80% das consultas. Nos 20% restantes, um pouco acima de 11% é necessário um retorno e entre 8 e 9% nós encaminhamos para uma emergência”, explica Guilherme.
Hoje a operação acontece apenas em território brasileiro, mas a internacionalização está nos planos da marca. O diretor reitera que o mercado da telemedicina ainda está passando por uma fase de adoção com a população, onde as pessoas estão conhecendo seus benefícios, o que é possível resolver com seu uso e que com ela é possível praticar medicina preventiva de forma muito facilitada.