Pacientes crônicos, que correspondem a 45% da população brasileira, exigem cuidado contínuo. Contar com o histórico do paciente, incluindo os tratamentos já realizados, é crítico para a efetividade do cuidado e para a gestão de recursos do sistema de saúde. Com informações disponíveis a qualquer momento, é possível assegurar a continuidade do cuidado com melhor experiência para o paciente e, assim, melhores resultados.
Para garantir a disponibilidade destas informações, é essencial que o hospital ou a clínica sejam informatizados, pois é impossível fazer isto em prontuários de papel. Especialmente se o paciente precisar se deslocar ou se for necessária a participação de vários médicos de diferentes localizações geográficas para discutir, avaliar e planejar simultaneamente o cuidado do paciente. Todos eles, idealmente, precisarão de acesso aos registros, o que, novamente, só é possível com a informação digital.
O teleatendimento exige ainda mais um ambiente informatizado, pois mostrar resultados de exames, imagens, prescrições e outros documentos de saúde em papel durante a consulta on-line torna-se um desafio e é passível de erros. Por isso, os dados precisam especialmente estar à mão de quem atende.
Neste contexto, os registros eletrônicos de saúde que contam com Suporte à Decisão Clínica, como checklists, alertas e gatilhos que facilitam a comunicação, ajudam a obter melhores resultados e a garantir a melhoria contínua. Os dados inseridos e coletados nesses registros digitais são utilizados para estudar tendências e padrões, por meio de análises, para fornecer conhecimento sobre quais procedimentos são mais eficazes, não apenas em nível populacional, mas também individual. Além disso, eles proporcionam insights gerenciais sobre onde investir melhor com base nos registros das necessidades dos médicos e demais profissionais, bem como nas demandas dos pacientes.
Dessa forma, as soluções de Suporte à Decisão Clínica, integradas ao prontuário, permitem que o médico se certifique de que está fazendo o diagnóstico correto e prescrevendo o tratamento mais adequado para o paciente. Estes suportes em formato de botões podem ser configurados para ajudar na verificação de erros e na tomada de decisões clínicas corretas, como ajustes de dose para insuficiência renal e recomendações importantes de teste de sensibilidade à penicilina antes de prescrever injeções deste antibiótico, o que aumenta a qualidade do cuidado e a segurança do paciente.
Contudo, não basta somente que os profissionais tenham os Suportes à Decisão Clínica disponíveis e dados do paciente registrados dentro do prontuário eletrônico. Como todo hospital ou clínica são regidos por procedimentos e protocolos de operação padrão (POP), que variam de instituição para instituição, é fundamental que os profissionais tenham acesso à estas informações e sejam permanentemente treinados sobre as mesmas, garantindo não apenas a boa prática científica, mas também a boa prática de acordo com a recomendação do hospital.
Neste caso, somam-se às plataformas de decisão clínica aquelas de atualização permanente, que podem ser programadas por tipo de atualização e profissionais a serem atualizados, e que entregam os relatórios de performance individuais, sempre em qualquer lugar, a qualquer hora. Dessa forma, é possível trazer bons resultados tanto para pacientes e profissionais, quanto para o hospital.
Sobre a autora
Claudia Toledo é Diretora de Clinical Solutions da Elsevier Brasil