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Construindo Hospitais em Realidade Virtual

De acordo com o US National Building Information Model Standard Project Committee, Building Information Modeling (BIM) é a representação digital das características físicas e funcionais de um edifício. É uma fonte de conhecimento compartilhado sobre uma edificação que forma uma base confiável para tomada de decisão durante todo seu ciclo de vida; da concepção à demolição.

Originalmente os projetos eram feitos em duas dimensões – basicamente compostos por plantas, elevações e cortes. Além do 3D, que agrega a dimensão de profundidade, o BIM se extende também para o 4D (tempo) e 5D (custo). Já existem também referencias de 6D (análise de sustentabilidade) e 7D (gerenciamento de ciclo de vida). A verdade é que quando lidamos com a simulação de um edifício real de maneira virtual, existem inúmeras dimensões que podem ser incoporadas à esse modelo, como normas especifícias ou até mesmo operações. No caso de modelos hospitalares, imagine se pudessemos incorporar a RDC 50 – Resolução da ANVISA – aos projetos, de forma à garantir o atendimento as normas básicas. Ou se pudessemos agregar informações da operação para simular o funcionamento de um departamento ou até do hospital inteiro para subsidiar tomadas de decisão.

Essas simulações podem economizar inúmeros recursos a longo prazo, mas demandam investimento de tempo e dinheiro na fase de modelagem e discussão de cenários. Ainda lidamos com uma cultura imediatista, onde economizar 10 reais hoje muitas vezes é mais importante que economizar 1.000 reais em 2 anos. A fim de entendermos os reais benefícios do BIM é preciso mudar essa mentalidade!

O primeiro passo para um projeto bem sucedido em BIM é PLANEJAMENTO - determinar quais informações deverão ser extraídas do modelo no futuro, ou seja, qual será o nível de detalhe. A quantidade de informações a serem extraídas é igual a quantidade informações a serem inseridas no modelo durante a sua criação. Pense numa porta: ela pode ser representada por um simples retangulo em planta, caso apenas a representação 2D dela seja necessária para a construção, ou pode ter agregada a ela informações sobre o batente, dobradiças, maçanetas e parafusos, tudo isso incorporado ao modelo. Sendo assim o tempo de criação de um modelo é variável e único de cada projeto.

Todos entendemos os benefícios básicos do BIM, como coordenação interdiciplinar, diminuição de erros em obra e facilidade de visualização, mas ainda estamos longe de explorar todo o potencial dessa ferramenta. O escopo completo do BIM que incorpora além de projeto e construção, também a operação e manutenção desses edifícios, abre uma serie de novas oportunidades de utilização e interação com o modelo. Especialmente para edíficios de alta complexidade como os de saúde, o BIM deve ser visto como um importante aliado nessa jornada que começa muito antes da construção.

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