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Austrália vê no Brasil potencial para negócios em inovações e tecnologias da saúde

Os números chamaram a atenção do governo australiano para oportunidades e geração de novas parcerias entre os dois países.

Com reputação mundial na área e crescimento nos setores de dispositivos médicos e saúde digital, australianos enxergam oportunidades na maior economia da América Latina.

Reconhecida mundialmente por seu avanço em tecnologia e inovação na área da saúde, a Austrália vê no Brasil um mercado em potencial para ampliar parcerias e possibilitar novos negócios nos setores de dispositivos médicos e saúde digital.

O setor de saúde no Brasil movimenta por ano cerca de US$ 161 bilhões (9% do PIB), segundo estudo do Instituto Coalizão Saúde, realizado pela McKinsey & Company. Além de ser a maior economia da América Latina, o país possui 48 milhões de pessoas (23% da população) com acesso a planos de saúde, segundo estimativa da associação brasileira deste setor. O Brasil conta ainda sete mil hospitais, sendo 70% deles particulares. Os números chamaram a atenção do governo australiano para oportunidades e geração de novas parcerias entre os dois países.

“Sem dúvidas o tamanho do setor de saúde no Brasil, a estimativa do contínuo crescimento nos casos de doenças crônicas e o aumento da população idosa, entre outros aspectos, contribuíram para o interesse das empresas australianas. Sabemos que a indústria nacional é muito forte nos setores de dispositivos médicos e saúde digital. Por isso, nosso foco é somar a este cenário trazendo para cá o que há de mais inovador e diferente do que já está em uso no país”, destaca Ana Carolina Bonamin, gerente de desenvolvimento de negócios da Austrade (Australian Trade and Investment Comission), agência de promoção de exportação e investimentos do governo australiano no Brasil.

Atualmente, os dois países já realizam colaborações em saúde por meio de parcerias entre pesquisadores e universidades. O Brasil é o 9º maior colaborador científico da Austrália e a principal área de pesquisas colaborativas entre os dois países é a da saúde, de acordo com Austrade.

OPORTUNIDADES

Apesar do crescimento na produção tecnológica brasileira no segmento de produtos para a saúde, 60% dos equipamentos são importados, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO). Ainda de acordo com o órgão, só em 2016, este mercado movimento R$ 25 bilhões.

“Diante desse cenário, trabalhamos para identificar oportunidades específicas nesse setor e difundir a capacidade australiana como provedora de equipamentos e dispositivos médicos de alta tecnologia e soluções inovadoras em saúde digital junto aos grandes hospitais, laboratórios, centros de pesquisa e universidades do Brasil”, conclui a gerente de desenvolvimento de negócios da Austrade.