A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI – participou do Workshop Rastreabilidade de DMI/OPME - Direitos, Deveres e Integridade no Hotel Mabu, em Curitiba/PR. O evento foi promovido, em 19 de outubro, pela Unimed Curitiba, com o apoio da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.
A palestra da ABRAIDI foi proferida pelo presidente do Conselho de Administração, Sérgio Rocha, apresentando com os objetivos e perfil da entidade, que tem 310 associados, desde pequenas empresas até corporações de porte global, presentes em todas as regiões do país, embora existam cerca de outras 4.000 empresas no Brasil.
Sobre a rastreabilidade dos Dispositivos Médicos Implantáveis DMI’s, tema do evento, Sérgio Rocha detalhou como este fundamento é meticulosamente tratado na cadeia de distribuição, desde a qualificação do fornecedor, recebimento e distribuição dos produtos médicos, com o registro sucessivo das várias fases, em sistema informatizado, há mais de 20 anos utilizando a automação e benefícios dos códigos de barras.
O presidente da ABRAIDI mostrou toda a complexidade do sistema estruturado com base na legislação e normas sanitárias para controle de armazenamento em condições de assepsia, obedecendo os critérios de validade, separação do produto solicitado, conferência, expedição, e demais cuidados com transporte e entrega. Durante o procedimento cirúrgico, os instrumentadores, atualmente custeados pelos distribuidores, relacionam os produtos utilizados, para emissão da nota fiscal, a qual também inclui as informações de rastreabilidade.
Também neste ambiente, o distribuidor assegura a disponibilização, para o hospital e equipe cirúrgica, das etiquetas de rastreabilidade previstas para todos os implantes permanentes. Sergio Rocha destacou o compromisso da entidade e dos associados com a segurança e, em última análise, com os resultados e qualidade de vida dos pacientes.
O ortopedista e professor titular da Universidade Federal do Paraná - UFPR, Luiz Carlos Sobania, mostrou a importância das informações básicas de cada implante na alimentação de um sistema de acompanhamento da qualidade das cirurgias com DMI’s, o Registro Nacional de Implantes - RNI a cargo da Anvisa. E enfatizou a necessidade de uso de sistema de leitura ótica para atingir os resultados esperados com o RNI, entre outras providências.
O diretor executivo do Hospital Pilar e vice-presidente da Federação dos Hospitais do Paraná - Fehopsar, Rodrigo Milano, abordou as responsabilidades dos hospitais e relações com os outros componentes da cadeia. A moderação da mesa foi do médico auditor da Unimed Paraná e vice-presidente do CRM/PR, Roberto Yosida, que mostrou a importância da tecnologia na Medicina.
Na concorrida sessão de debates e perguntas, ficou também claro que, além das questões de qualidade e segurança, os custos e preços estão na base das preocupações de todos. É necessário diminuir da assimetria de conhecimento em todas as interfaces e para isso há que se trabalhar em comunicação e educação da sociedade como um todo. O diretor técnico da ABRAIDI, Sérgio Madeira, e o diretor-executivo, Bruno Bezerra, também estavam presentes e auxiliaram o presidente nos esclarecimentos às dúvidas dos participantes, especialmente sobre questões de rastreabilidade em consignações e implantes não permanentes.